Mato Grosso, Ter�a-Feira, 23 de Abril de 2024     
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Faculdade Indígena Intercultural

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EDUCAÇÃO, SAÚDE E HIGIENE INDÍGENA: UMA PROFILAXIA DOS POVOS CHIQUITANO E RIKBAKTSA HABITANTES DE DUAS REGIÕES DO ESTADO DE MATO GROSSO AO COVID-19

Coordenação:  Prof. Dr. Antonio Francisco Malheiros.

Membros

Profª. Dra. Mônica Cidele da Cruz

Prof. Me. Isaías Munis Batista

Profª. Dra. Valdinéia Ferreira de Alcântara

Educação e medidas profiláticas

Existem algumas medidas de precaução que podem evitar a disseminação da Covid-19, como as orientações feitas pela OMS:
 
1. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;

2. Estar em lugares ventilados, distantes uns dos outros, evitando aglomerações;

3. Para tossir ou espirrar, coloque o antebraço para evitar que gotículas sejam espalhadas no ar;

4. Evitar tocar boca, nariz e olhos com as mãos sujas;

5. Não compartilhe cuias, pratos, copos ou qualquer objeto de uso pessoal;

6. Se apresentar tosse, febre e dificuldade de respirar, procure o AIS da sua aldeia imediatamente.

Estamos vivendo uma época diferente, onde a educação está baseada no cuidado com a vida e com o outro. 

Povos indígenas no Brasil e o coronavírus

     A Covid-19 está em vários países do mundo (pandemia), é de rápida transmissão e apresenta sintomas como: febre resistente, tosse e dificuldade respiratória. A doença afeta pessoas de todas as idades, mas os idosos compõem o grupo de maior risco. Assim, é preciso que todos os povos indígenas do Brasil estejam em alerta e assumam medidas que previnam a contaminação principalmente dos idosos, que são detentores de saberes ancestrais. Cuidar de todos na aldeia significa cuidar dos anciãos. Pelo relatório da Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI, em 17/03 já havia 23 casos confirmados de Covid-19 entre as populações indígenas e não estão sendo contaminados apenas os idosos. Parte dos casos é de pessoas que estiveram fora da aldeia. Por isso, FICAR NA ALDEIA É ESSENCIAL. O isolamento social é uma prevenção importante.

Situação de vulnerabilidade

     Se o coronavírus é novo para todas as pessoas do mundo, para os povos originários do Brasil a vulnerabilidade é maior ainda, por vários fatores: a situação estrutural das aldeias em relação ao saneamento básico; a dificuldade de acesso a máscaras, sabão e álcool 70%; o quadro epidemiológico com problemas de saúde como diabetes, hipertensão, obesidade e desnutrição; e a dificuldade na imediata assistência à saúde devido à distância entre as comunidades e os centros de saúde. Além disso, é sabido que, em muitos  momentos históricos, povos indígenas estiveram suscetíveis a outros vírus que, em alguns casos, mataram tantos indígenas a ponto de dizimar aldeias inteiras. Portanto, a situação de todos os povos originários, inclusive dos Chiquitano, que estão em região de fronteira, e dos Rikbaktsa/Irantxe, que ficam no Noroeste, ambos em Mato Grosso, é de vulnerabilidade.

Sobre o Projeto

     Trata-se de um projeto de extensão que tem como objetivo implementar ações de educação, saúde e higiene voltadas à profilaxia à COVID-19 para os povos Chiquitano e Rikbaktsa/Irantxe, habitantes dos municípios de Porto Esperidião e Brasnorte. A premissa que orienta os trabalhos é a importância de cuidarmos uns dos outros neste momento em que o planeta vive a pandemia do coronavírus. O Bem Viver está em acessarmos direitos e em adotarmos ações preventivas como as orientadas pela Organização Mundial da Saúde.


Educação, saúde e higiene indígena.pdf