Quando o pessimismo abalou o espírito dos gregos, entre os séculos VI e V, destacaram-se, como tragediógrafos, Ésquilo e Eurípides. Na modernidade, surgem dois dramaturgos que fazem desses escritores gregos a fonte na construção de suas peças teatrais: trata-se de Augusto Sobral e Chico Buarque & Paulo Pontes. Poetas contestadores, eles criticam o posicionamento do indivíduo diante dos acontecimentos de suas épocas e demonstram indignação diante dos sistemas vigentes. Os Degraus (Augusto Sobral) e Gota d'água (Chico Buarque & Paulo Pontes), Prometeu Acorrentado (Ésquilo) e Medéia (Eurípides) são as exemplaridades avaliadas nesta obra, peças trágicas que constituem o coreus de investigação sobre a projeção dos mitos e a construção histórica do homem no teatro.
Ano de publicação: 2008
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