O modelo de Educação Superior Indígena oferecido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) às etnias existentes no Estado há mais de uma década foi apresentado nesta semana para a Embaixada da Nova Zelândia durante reunião na Secretaria de Estado de Assistência Social, em Cuiabá.
Na oportunidade a Unemat demonstrou que durante esses 15 anos de atuação e oferta de cursos superiores específicos e diferenciados para povos indígenas já se formaram cerca de 400 professores em nível de graduação além de 140 especialistas.
O projeto de Educação Indígena na Unemat oferta os cursos de licenciaturas em: Pedagogia Intercultural; Línguas, Artes e Literatura; Ciências Sociais e Ciências da Matemática e da Natureza, e são oferecidos no campus da Unemat em Barra do Bugres e conta com parceria com a Funai, Prefeitura Municipal de Barra do Bugres e Governo do Estado.
A Unemat atende a todas as etnias que ocupam Terras Indígenas no Estado de Mato Grosso, totalizando 32 etnias beneficiadas e que estão espalhadas por todo o território mato-grossense.
A apresentação da Unemat para a Embaixada da Nova Zelândia foi feita pelo diretor de Gestão de Educação Indígena, Adailton Alves da Silva e pelo assessor da reitoria Dionei José da Silva. “Nossa apresentação surpreendeu o membros da Embaixada, e rendeu frutos com o estreitamento de novas parcerias com outras secretarias estaduais presentes, como a de Assistência Social dada a dimensão política, geográfica e pedagógica da proposta”, explicou.
No momento Unemat está fase de execução de um processo vestibular para ingresso de outros 120 professores indígenas nos cursos de graduação oferecidos, e a meta é que até o final do governo Pedro Taques cerca de 400 professores indígenas estejam em formação nos cursos oferecidos pela Unemat.
Além da Unemat, as secretarias de Estado de Cultura, de Assistência Social e a Casa Civil e o grupo de teatro Cena Onze também apresentaram os projetos que são desenvolvidos junto aos povos indígenas.
Em Mato Grosso, o Governo da Nova Zelândia tem apoiado uma série projetos sociais voltados para os povos indígenas. A embaixadora da Nova Zelândia, Caroline Bilkey, e o vice-diretor geral de Programas e Parcerias do Ministério das Indústrias Primárias do país, Bem Dalton, elogiaram o trabalho desenvolvido. “Foi muito interessante o convite para conhecemos de perto esses trabalhos incríveis que são desenvolvidos para promover a inclusão dos índios e outros povos vulneráveis”, ressaltou a embaixadora neozelandesa.
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