A comemoração do Dia Internacional da Mulher nasceu da decisão das mulheres socialistas, na Conferência de 1910, numa época em que mais haviam conquistas a serem atingidas do que motivos a serem comemorados. No Brasil, as mulheres puderam votar e ser votadas há menos de 100 anos; a primeira vez ocorreu em 1933, e a inserção cada vez mais crescente das mulheres no campo de trabalho brasileiro só viria a acontecer nas últimas décadas do século XX. Mas apesar destas conquistas serem recentes, a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) comemora o Dia Internacional da Mulher com números e exemplos da transformação que a igualdade de gêneros vem promovendo pelo país e o mundo.
A Unemat atualmente é comandada por uma mulher, a reitora Ana Maria Di Renzo, eleita pela comunidade acadêmica com 57% dos votos válidos, mas ela não é a primeira a frente da Instituição. Ana Di Renzo foi precedida pelas reitoras Ilma Machado, também eleita, e por Rosa Maria da Cunha Garcia, que assumiu o cargo em substituição ao titular. Antes da Instituição se tornar Universidade, o gestor era denominado coordenador. Neuza Benedita da Silva Zattar, indicada pelo governador do Estado, foi coordenadora em 1989. O Instituto de Ensino Superior de Cáceres (Iesc), que se transformaria em Unemat em 1993, era gerido por diretores, e as professoras Miriam Benedita Moreira Menezes e Olga Maria Castrillon Mendes Araújo a dirigiram nos anos de 1980 e 1983, respectivamente.
Dos três imortais da Unemat na Academia Mato-grossense de Letras, duas são mulheres: as professoras Marta Helena Coco e Olga Castrillon. Entre os acadêmicos da Unemat, 57% são mulheres. E a pensar que, em 1879, as mulheres tiveram ‘autorização’ do governo para estudar em instituições de ensino superior, embora as que optassem pela graduação fossem vítimas de críticas da sociedade. Os cursos de Pedagogia e de Enfermagem da Unemat ainda possuem o maior percentual de mulheres, mas, apesar disso, elas se fazem representar em todos os cursos. Os menos procurados pelas acadêmicas são os de Sistema de Informação e Engenharia Elétrica, mais ainda assim elas representam, em média, 16% da turma.
Dos cargos de gestão da Unemat, 38% são exercidos por mulheres, dentro de um universo onde 48% dos profissionais da Instituição são do sexo feminino. Se forem considerados os docentes da Unemat, 49% dos que possuem título de doutor e 51% de mestre são mulheres. Ou seja, um empate na pós-graduação, comparado aos dos melhores clássicos esportivos.
Quanta coisa mudou desde a decisão das mulheres socialistas, na Conferência de 1910, em uma época em que mais haviam conquistas a serem atingidas do que motivos a serem comemorados...
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30/07/2021
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