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Professores da Unemat participam de publicação na revista Science
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Professores da Unemat participam de publicação na revista Science
23/10/2013 10:29:56
por Autoria coletiva e edição de Andreza Pereira
Foto por: Edson Cavalari

   Motivados pela questão de quantas árvores e quantas espécies de árvores existem na Amazônia, um grupo de 120 especialistas de todo o mundo, sendo 25 brasileiros, realizaram um estudo inédito sobre a flora amazônica. Fizeram parte da pesquisa dois professores do campus de Nova Xavantina da Universidade do Estado de Mato Grosso: Ben Hur Marimon e Beatriz Marimon.

   A investigação mostrou que toda a Bacia Amazônica e Guianas abrigam cerca de 400 bilhões de árvores. O artigo com os resultados da pesquisa foi publicado no último dia 18 na revista científica estadunidense Science. Os docentes da Unemat também são co-autores do texto.

   O estudo inédito foi liderado pelo cientista Hans ter Steege, pesquisador do Naturalis Biodiversity Center, do sul da Holanda. “Acreditamos que existam cerca de 16.000 espécies de árvores na Amazônia, mas os dados também sugerem que a metade de todas as árvores da região pertence a somente 227 espécies. Isso é muito menos do que qualquer previsão anterior”, diz Steege.

   De acordo com Miles Silman, ecólogo da Wake Forest University e um dos co-autores do trabalho, “dois terços das espécies de árvores da Amazônia são mais difíceis de encontrar do que uma agulha num palheiro. Esta é a mesma situação na cosmologia, em que nós sabemos que existe muito material no universo que não podemos ver. Os físicos chamam isso de ‘matéria escura’. Na Amazônia sabemos que estas espécies super-raras representam uma grande parte do sistema, mas encontrá-las é difícil mesmo.”          

  Uma das conclusões mais importantes do estudo, segundo Ben Hur, é que a maioria das espécies que não pertence às 227 dominantes na Amazônia pode estar muito mais ameaçada do que anteriormente se supunha. “Estes resultados significam uma reviravolta no pensamento tradicional sobre conservação da biodiversidade na maior floresta tropical do mundo”, finaliza Beatriz.

    A íntegra do artigo pode ser acessada em: http://www.sciencemag.org/content/342/6156/1243092.

 

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