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A força do agronegócio e da biodiversidade
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A força do agronegócio e da biodiversidade
26/12/2012 09:23:54
por Revista Fapemat Ciência

Mato Grosso é rico em biodiversidade e recebe grande destaque pelo potencial agrícola. Para Antônio Francisco Malheiros, pró-reitor de pesquisa da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), esta vocação deve ser amplamente aproveitada. “Essas áreas são importantes para o estado, porque promovem o avanço social e econômico. Então devemos trabalhar em cima disso e investir nesse potencial”, afirma o pró-reitor.

Para Antônio Malheiros foi pensando nas vocações do estado que a Universidade se formou. Segundo ele, as diretrizes que possibilitaram a criação dos cursos de pós-graduação levaram em conta a necessidade da região, e por isso os primeiros mestrados da Unemat foram nessas áreas. “O primeiro curso de mestrado nosso foi em ciências ambientais, oferecido aqui em Cáceres. Esse curso é interdisciplinar e envolve profissionais das ciências agronômicas, zootecnia, ciências sociais e de outras áreas que possam abranger e dar um fortalecimento ao agronegócio e a sustentabilidade”, acrescenta.

A Unemat atualmente possui 550 profissionais vinculados a grupos de pesquisa, distribuídos em diferentes áreas do conhecimento e campi. O professor relaciona esse expressivo número ao aumento de parcerias. “O crescimento da ciência e tecnologia só é possível através de parcerias com o governo, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), por exemplo, e com as instituições públicas e privadas. Essa união vem justamente fortalecer a pesquisa, através de aquisição de equipamentos e infraestrutura”, aponta o pró-reitor.

Graças às parcerias, afirma o pró-reitor,a Universidade também vem investindo em centro de pesquisas. “Em Cáceres temos o Centro de Imunologia e Biodiversidade do Pantanal, onde foi possível a criação do primeiro curso de mestrado da Unemat. Vários outros espaços de pesquisa vêm sendo estudados. Esses centros são importantes, a priori, para a infraestrutura, porque recursos humanos nós já temos para aproveitar. Sem contar que quando se cria um centro com estrutura e tecnologia apropriada, tem-se a possibilidade de concorrer por recursos externos, para implementação, ampliação e melhoria”, afirma o professor.

Apesar dos investimentos do governo na formação de material humano e do aumento das ofertas de cursos de pós-graduação, o pró-reitor ainda vê algumas deficiências no estado. Segundo ele, Mato Grosso carece de investimentos em pesquisas nas áreas de ciências humanas e sociais. “Acredito que falte editais de fomento induzidos para essas áreas. Precisamos de pesquisas sobre as inclusões sociais e digitais, além de estudos voltados para as populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas”, expõe.

Para o professor, quando o estado tiver um fortalecimento em pesquisas em diversas áreas, incluindo as ciências sociais e humanas, ocorrerá o crescimento e a ampliação do quadro de profissionais, como doutores. Como conseqüência, a possibilidade de buscar mais recursos frente às agências de fomento se tornará maior.

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