Estudo realizado no pantanal da região de Cáceres pela professora da Universidade do Estado de Mato Grosso, Carolina Joana da Silva, será apresentado de 25 a 30 de julho, na Holanda, em Reunião Internacional sobre Ecologia de Áreas Úmidas. Na ocasião, a pesquisadora representará a América do Sul em Simpósio que aponta as características ecológicas e mudanças ocorridas em todos os continentes. Seis pesquisadores participarão do evento que vem sendo realizado a cada quatro anos, reunindo representantes dos cinco continentes.
Doutora em Ecologia, Carolina vai situar o Pantanal no contexto da América do Sul enfocando o seu significado ecológico para a humanidade, e apresentar o resultado de uma pesquisa realizada no Rio Paraguai sobre a importância do pulso de inundação e da descarga das águas no pantanal.
No seu estudo a pesquisadora catalogou por meio de mapas de navegação e imagens de satélites desvios e mudanças ocorridas no curso do rio causadas pela ação das construções de hidrelétricas e pelo modelo de navegação existente.
Segundo ela, o histórico de navegação do rio aponta a tendência natural de desvios, no entanto o que vem sendo registrado nas últimas décadas é a aceleração desse processo ocasionada pela ação do homem. “Nos estamos vendo uma alteração no curso natural, onde a tendência é um processo de “retificação”ou seja, do rio perder suas curvas. A conseqüência disso é que o fluxo das águas vai aumentar e o tempo da permanência dela no pantanal vai ser menor” explica.
Para a pesquisa, a professora entrevistou navegadores com anos de vivência, como o capitão Renato Thomas que há 18 anos pilota embarcações no Rio Paraguai. Nesse período Thomas já presenciou o surgimento de uma série de desvios em trechos do rio.
Danos
A Pesquisadora classifica como severas as conseqüências das alterações do curso do rio para a conservação da vida no Pantanal. A maior alerta é para a probabilidade da região ficar seca devido a aceleração no fluxo das águas que acarreta a diminuição de sua entrada no solo o que pode ocasionar mudanças para fauna e flora.
“O tipo de vegetação presente na região é adaptado ao período de cheias, se a tendência é esses lugares ficarem secos, então vamos ter outro tipo de vegetação, típicas de ambientes secos”, exemplifica Carolina.
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30/07/2021
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