Os temas são os mais variados e a participação é intensa nos mini-cursos oferecidos no I Simpósio de Biologia do Mato Grosso (Simbio), que ocorre entre os dias 02 e 05 de junho no campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Tangará da Serra. Todas as abordagens, desde o monitoramento da qualidade da água até o manejo correto na criação de jacaré, enfocam a conservação ambiental.
A professora do departamento Agronomia da Unemat– campus de Cáceres – Débora Castellani no mini-curso plantas medicinais e aromáticas: produtos florestais não madeireiros falou do potencial econômico da exploração racional das florestas.
Há 15 anos pesquisando plantas dos ecossistemas brasileiros e com um estudo (tese) sobre o manejo sustentado de plantas medicinais na mata atlântica, Débora diz que uma ação importante é conscientizar as comunidades do manejo correto dos recursos, garantindo a preservação das espécies e uma fonte de renda permanente.
Ela faz um alerta para o perigo de extinção que correm plantas como a Poaia (psychotria ipecacuanha), que no começo do século XX foi o principal produto de exportação da região Oeste de MT para países europeus e permitiu o desenvolvimento das cidades de Cáceres e Barra do Bugres.
Nos dias atuais, a Malásia é o principal produtor de Poaia, planta que até hoje é utilizada no cambate a desinteria amebiana, que causa febre e forte diarréia e é transmitida pela ameba, parasita comum em águas contaminadas.
Com um trabalho de mapeamento da população natural de Poaia na região de Cáceres, Castellani comenta que organizar a exploração da planta, com a criação de cooperativas de trabalhadores e orientação técnica de órgãos do governo seriam medidas capazes de diminuir o impacto ambiental sobre a espécie.
A procura pelo mini-curso reuniu pessoas apaixonadas pelo estudo das plantas medicinais e com o interesse em desenvolver formas corretas de exploração de espécies encontradas no Pantanal, Cerrado e Floresta Amazônica, ecossistemas presentes no relevo mato-grossense.
“A principal finalidade é deixar claro que manter a floresta de pé trará mais benefícios econômicos e ambientais às comunidades e garantir renda a quem vive do extrativismo de plantas”, assegura Castellani.
Impactos da colonização nas comunidades indígenas e educação ambiental e a sustentabilidade dos pequenos produtores são alguns de uma série mini-cursos desenvolvidos nesta sexta-feira (04/06), nas salas de aula do campus de Tangará da Serra.
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