“O racismo no Brasil é endêmico.Os negros e índios estiveram fora da universidade sempre. Nós não podemos mais ser coniventes com essa exclusão”, afirmou José Jorge de Carvalho, doutor em Antropologia e autor do projeto de cotas da Universidade de Brasília, UnB, durante sua estada na Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat. Docente da UnB, Carvalho, juntamente com Maria Lúcia Rodrigues Muller, professora do Instituto de Educação da UFMT, participa como palestrante do I Seminário Sobre Políticas Afirmativas na Unemat- Cotas e Democratização do Ensino Superior em Mato Grosso, que teve início hoje ( 13/05), no Campus Universitário Jane Vanini, em Cáceres.
O evento, promovido pela Unemat, por meio do projeto Cores e Saberes, tem como objetivo fomentar a discussão sobre propostas de políticas educacionais para a inserção das minorias étnicas- sociais na universidade. Minorias estas caracterizadas pela população negra, indígena e de nativos.
Para Carvalho há nesse momento uma mobilização nacional para a implantação de políticas afirmativas nas universidades. De acordo com o docente a Unemat, por ser uma Instituição que está inserida em um estado com representações étnicas e culturais complexas (com a participação de negros, brancos, índios) tem a possibilidade de ser vanguarda na formulação de uma proposta que devolva uma função social integradora para a universidade. “As outras instituições podem concebê-la como um modelo. Muitos são os estados da nação que tem em sua população a participação de brancos, negros e índios, a Unemat pode ser vanguarda entre as universidades na promoção de um ensino integrado, superando a educação superior racista”, declarou.
Com este primeiro seminário, os organizadores pretendem envolver a sociedade na discussão e proposição de ações que visam a democratização do acesso ao ensino superior no estado por meio de uma programação composta por palestras, mini- cursos e debates.
Contando com a parceria do Centro de Direitos Humanos “Dom Máximo Biennès, o seminário recebe o apoio de entidades representativas do movimento negro e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra).
Experiência pioneira
Há três anos a Unemat desenvolve em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e Secretaria de Educação do Estado (Seduc) o projeto 3º Grau Indígena, oportunizando a formação superior, específica e diferenciada, a 200 professores indígenas de 33 etnias de todo o país. Ação que para Elias Januário, coordenador do 3º Grau, consiste em mais do que um projeto, é uma de política pública que demonstra o respeito a diversidade étnica- cultural presente nas comunidades indígenas do estado e do Brasil.
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