Na abertura oficial da II Semana de Turismo, realizada na noite de ontem ( 26), no Campus de Nova Xavantina, a Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat, proporcionou à comunidade acadêmica, estudantes da rede pública de ensino e sociedade local, a apresentação de um estudo de caso - expedição "Xavante/Carajá" - com o professor Amintas Nazareth e a apresentação cultural dos índios da etnia Xavante Wanarindobe. No final da cerimônia, numa breve sessão solene, o reitor Taisir Karim recebeu da câmara municipal o título de cidadão nova-xavantinense.
Ao receber do vice-presidente do legislativo municipal, vereador Elias Bueno, a homenagem pública, Taisir disse ser importante o apoio do poderes executivo e legislativo locais ao Campus Universitário de Nova Xavantina. "É preciso deixar registrado que essa parceria entre órgãos públicos, sociedade civil organizada e a Universidade vem dando certo, aproximando ainda mais a comunidade", declarou Karim.
Para os cerca de 250 inscritos no evento, entre estudantes de Turismo e Biologia, profissionais da área e comunidade, o professor Amintas apresentou dados da expedição que percorreu 600 km do rio das Mortes, entre Nova Xavantina e São Félix do Araguaia.
Em uma espécie de balsa - a embarcação foi construída sobre 3 barcos de pesca com uma lona por cima e serviu de residência a uma tripulação de 8 pessoas – a expedição procurou demonstrar o potencial turístico da região do Vale do Araguaia, percorrendo 600 km do rio das Mortes, o mais importante afluente do Araguaia na sua margem esquerda, ao lado do rio Cristalino.
Potenciais turísticos
Apesar dos poucos recursos empregados na expedição, a equipe da Xavante/Carajá conseguiu demonstrar por meio de registro fotográfico a rica diversidade da fauna e flora da região e denunciar, em alguns trechos, o processo de desmatamento das matas ciliares e o crescente estágio de erosão das margens do rio.
"A preservação desse ecossistema, unida a condições adequadas de infra-estrutura e mão-de-obra qualificada, é fundamental para atrair o turista e desenvolver o turismo na região. E os cursos de Turismo e Biologia da Universidade têm colaborado para a criação desse cenário", avaliou Amintas.
Segundo Taisir, Nova Xavantina reúne as condições adequadas para tornar-se pólo turístico e permitir ganho de qualidade de vida à comunidade local com a abertura de novos postos de trabalho. “É necessário criar mecanismos que permitam à população viver do turismo como atividade econômica de excelência. E descobrir as melhores formas para isso é um dos papéis da Universidade”, afirmou Karim.
À noite, logo após a cerimônia de abertura, na entrada do campus, índios da etnia Xavante apresentaram a wanoridobe – a dança dos padrinhos. O ritual, seus cânticos e dança, marca um rito de passagem: é quando o índio xavante deixa de ser criança e torna-se adulto ao furar a orelha.
De acordo com a índia xavante Severiá, a dança representa a purificação e o amadurecimento do jovem índio, com os padrinhos executando a dança enquanto os futuros guerreiros banham-se no rio durante um mês inteiro, podendo parar apenas para alimentar-se e cumprir necessidades fisiológicas.
No final da apresentação, o cacique xavante Cipassé convidou o público a participar da dança. Na quadra esportiva do campus formou-se uma imensa roda composta por professores, estudantes e comunidade que cantavam e dançavam celebrando a diversidade cultural do Estado.
Futuro
Taisir anunciou ainda a implantação do curso de Engenharia Agrícola no campus de Nova Xavantina para 2005 e assegurou o empenho da administração superior à viabilização do projeto. Ele ressaltou o trabalho articulado feito pela coordenação do campus e do trabalho de professores dos cursos de Turismo e Biologia.
“Essa noite foi especial para o campus de Nova Xavantina. Isso é fruto de um trabalho de equipe, nada é construído de forma isolada. O apoio da comunidade e das autoridades do estado e municipal tem sido determinante”, confirmou Helena.
De acordo com o prefeito de Nova Xavantina, Robson Aparecido Pazetto, os projetos em parceria com a Unemat permitem à comunidade local o exercício da cidadania e o desenvolvimento econômico e cultural da cidade. “O município tem crescido com essa parceria e vamos fortalecê-la ainda mais”, finalizou Pazetto.
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