Um exemplar do Morcego-fantasma-grande, considerado o maior das Américas, foi capturado em Nova Xavantina por alunos do mestrado de Ecologia e Conservação desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Este foi o primeiro registro de um morcego dessa espécie no bioma Cerrado. Em Mato Grosso, a última vez que foi registrada a captura de um morcego-fantasma-grande foi há mais de 50 anos na região do Pantanal- Norte do estado.
O Vampyrum spectrum, seu nome científico, foi capturado, no dia 11 de julho, pelos mestrandos Ricardo Firmino de Sousa e Carlos Kreutz, próximo ao Córrego Estilac. O local da captura fica a 6 km do centro da cidade, já sendo considerado zona rural do município de Nova Xavantina. O ambiente, caracterizado pela fitofisionomia de Cerradão, pode ser considerado com baixo nível de degradação ambiental. O exemplar é do sexo masculino possui 80 cm de envergadura e 175 g. Apesar do nome científico essa espécie de morcego não é hematófago, ou seja, não se alimenta de sangue. Faz parte de sua dieta alimentar aves, roedores, outros morcegos e insetos, o que classifica como um carnívoro.
De acordo com Ricardo, a espécie é rara, vive em baixas densidades e sua distribuição se restringia ao Pantanal e a Amazônia. Esse novo registro para o Cerrado pode representar a necessidade de estudos com morcegos nesse bioma, bem como servir como indicador ambiental, uma vez que essa espécie não tolera a fragmentação e degradação de habitats.
Embora seja considerada rara, a espécie não está classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como ameaçada de extinção e sim como espécie deficiente de dados. Após a extração de material do exemplar para estudos genéticos, ele ficará depositado na coleção de quirópteros do Campus Universitário de Nova Xavantina.
O trabalho de coleta é parte da dissertação de mestrado de Ricardo Firmino que está analisando a diversidade de morcegos do município de Nova Xavantina. O mestrando também é integrante do projeto de pesquisa “Estudos citogenéticos em espécies de morcegos que ocorrem no leste Mato-grossense” que é coordenado pela professora doutora Karina de Cassia Faria e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat)
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30/07/2021
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