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A ADUNEMAT REPRESENTA A VONTADE DOS DOCENTES DA UNEMAT?
Nota de esclarecimento
A ADUNEMAT REPRESENTA A VONTADE DOS DOCENTES DA UNEMAT?
01/04/2009 10:33:18
por Coordenadoria de Comunicação Social

O farto material publicitário da ADUNEMAT que cai nas caixas de mensagens e na mídia, constantemente, e haja mão de obra e tempo disponível para (re)produzi-lo, busca denegrir a imagem da Reitoria e dos professores que ocupam cargos de gestão nos Câmpuse nos Institutos e Faculdades, utilizando-se de  uma linguagem tosca, chula e mordaz, fazendo crer aos que lêem ou aos que ouvem  dizer que esses ditames dos porta-vozes da ADUNEMAT têm o aval e o apoio do universo de professores que constituem o corpo docente da UNEMAT, hoje num total de 985.

Ao atribuir aos gestores qualificativos como “hipócritas”, “asseclas”, tentando criar nos espaços da universidade um clima de denuncismos, leva-nos a deduzir que a dirigente e/ou os porta-vozes da ADUNEMAT falam de um lugar onde essas palavras fazem parte do cotidiano de suas relações pessoais e profissionais, tamanha é a intimidade com que lançam mão dessa linguagem, deixando cair, assim,  a imagem de  arautos da liberdade e da  democracia que pretendem passar.

É sabido que o jogo verborreico da ADUNEMAT, em ver fora da UNEMAT os gestores, legitimamente eleitos através do voto universal, esconde interesses (in)confessáveis pelo poder, de assumir os cargos de gestão da Universidade, mas que lamentavelmente, a bravata e os discursos inflamados têm impedido a eleição de seus pares.  Pode até ser que um dia alcancem, pois todos somos professores, e não nos esqueçamos, temos muito que contribuir para a consolidação da UNEMAT e não para a sua fragmentação, estando no sindicato, em sala de aula ou em cargo de gestão, pois os professores passam, mas os cargos continuarão a existir.

Atualmente, a pauta de incomensurável discussão é a adequação do Calendário Acadêmico para atender ao cumprimento da lei 293 de 2007 que dispõe sobre o gozo de licença prêmio de professores e técnicos da Universidade, ação que implicaria, de imediato, a contratação de professores substitutos, cujos contratos ultrapassariam o orçamento que se encontra reduzido pela crise econômica mundial.  Para a ADUNEMAT, o novo calendário seria uma atitude autoritária do Reitor e que a Unemat ficaria paralisada durante cinco meses.

A seguir, apresentamos algumas questões para reflexão sobre as quais a ADUNEMAT não diz:

1. A UNEMAT enfrenta uma crise orçamentária e financeira no ano de 2009, motivada sim, em parte pela crise mundial e pela aprovação do PCCS dos servidores técnicos e docentes em meados de 2008.

Quando discutíamos a aprovação do PCCS, foi proposto inicialmente, que apenas os professores com titulação de doutor deveriam enquadrar-se no regime de Dedicação Exclusiva e, depois, os mestres (a maioria na UNEMAT) seriam gradativamente incluídos, respeitando a capacidade do orçamento. Esta proposta foi recusada por todos os segmentos, inclusive pela ADUNEMAT, até porque a presidente ainda não é doutora.

Foi dito pela presidente da ADUNEMAT, em plenário do Consuni, que mesmo que fosse preciso cortar na carne, nós deveríamos encarar o desafio do PCCS. Aprovamos, então, no CONSUNI (Órgão contestado hoje pelo sindicato) o novo PCCS para os PTES e os professores doutores e mestres, deixamos de FORA os professores graduados com o aval, apoio e voto dos representantes da ADUNEMAT.

Em seguida, devido à luta dos graduados, percebemos que tínhamos cometido uma injustiça, e passamos, então, a procurar formas de incluir os graduados, como forma de manter a isonomia salarial na instituição. Esse fato se concretizou no final do ano, com efeito retroativo.

Durante o processo de enquadramento, a maioria dos professores obteve um aumento de cerca de 20% nos salários em 2008, uma parte considerável dos docentes optou pelo regime de Dedicação Exclusiva, os técnicos tiveram aumento em alguns casos de cerca de 100%, um aumento médio na casa dos 50%. Pois bem, isso teve um impacto muito grande na folha de pagamento, somado à crise financeira que atinge o mundo, o Brasil e consequentemente o Estado de Mato Grosso, exceto a ADUNEMAT que entende que esta crise não afeta o orçamento atual da instituição.

2. Há aproximadamente 250 professores e 100 técnicos com direito ao gozo de licença prêmio, alguns com até três licenças vencidas.

O orçamento da Unemat suporta liberar esse número de professores e técnicos, contratando substitutos?

3. Adequar temporalmente as atividades de ensino significa paralisar a instituição por 5 meses?

A decisão pelo novo calendário foi tomada pelo Reitor, Vice-Reitor, todos os Pró-Reitores, todos os Diretores de Institutos e Faculdades e por todos os Coordenadores de Campi. Passamos dois dias discutindo números, possibilidades de enfrentarmos a crise, e achamos que a saída, menos traumática, seria a adequação do Calendário.

O Calendário Acadêmico proposto para o primeiro e segundo semestre de 2009 atende aos 200 dias letivos anuais (ou 100 dias letivos por semestre) como rege a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 2006). Todos os problemas foram discutidos e levados em consideração. Sabíamos que muitos docentes não gostariam de tirar licença nesse período, no entanto, não vale a afirmação de que a licença ocorreria nas férias, pois esta será mantida.

O Calendário aprovado compreende:

a) período de licença prêmio
15 dias – 15 a 30 de novembro
30 dias – mês de dezembro
30 dias – mês de janeiro
15 dias - 1º a 15 de fevereiro
b) período de férias
15 dias – 15 a 28 de fevereiro
15 dias – 1º a 15 de março

Por que essa decisão contraria a ADUNEMAT?

Preliminarmente, porque toda e qualquer decisão tomada pelo conjunto dos gestores da UNEMAT sempre será vista pela perspectiva de interesse político-partidário em que a ADUNEMAT acredita. Para ela, não importa nenhuma busca de caminhos alternativos da qual não participa. Isso é real, uma vez que incansavelmente arroga para si, nos documentos que produz a autoria disso e daquilo. Qual a proposta do sindicato, então? Em termos gerais, ser contra qualquer proposta. Contra todos que não são filiados ao seu grupo político. Caso contrário, qual seria o seu discurso, as suas propostas?

Com relação às próximas eleições para os cargos de reitor e vice, queremos lembrar que a ADUNEMAT, para garantir maiores chances à candidatura de seus pares, não teve pudor em negociar e propor no Congresso a perda do voto universal por parte dos alunos. Também não teve vergonha de trair grande parte dos docentes, propondo que para participar da eleição para reitor tem que ter o título de doutor. Os mestres, ainda, a maioria dos professores da instituição, passaram a ser uma categoria de segundo plano, que não têm as condições exigidas pelo “pessoal” que integra a ADUNEMAT.

A administração da UNEMAT não está isenta de erros e de críticas, mas criar, forjar situações e aproveitar de momentos críticos de forma leviana não nos parece uma atitude de um sindicato que diz representar a categoria.

Mas vamos falar da representatividade numérica da ADUNEMAT, perguntamos: quantos filiados têm a ADUNEMAT? Com quantos votos seus representantes foram eleitos? 50? 60? 100? Não sabemos, como também não sabemos por que a mensalidade do sindicato é tão elevada. Onde está sendo gasto tanto dinheiro? E as prestações de conta, a ADUNEMAT as publica?

No entanto, contrariando o discurso do NÃO do Sindicato, queremos enfatizar que a decisão tomada pela readequação do Calendário soma milhares de votos de alunos e centenas de votos de professores e técnicos que, juntos, elegeram, sem cooptação, os gestores da Universidade (Sede e 11 Campi), o que nos dá o respaldo e a responsabilidade para com a comunidade acadêmica.

Por isso, gostaríamos de dizer à ADUNEMAT que quem não se respeita, não respeita o próximo e não quer ser respeitado. Finalmente, é bom lembrarmos a direção da ADUNEMAT que estamos a serviço de uma instituição séria, comprometida com a sociedade mato-grossense, que pensa e que reconhece os direitos e os limites de cada um.

 

Diretores de Institutos e Faculdades
Coordenadores de Campi

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