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Unemat em Nova Xavantina sedia pesquisas sobre aquecimento global e mudanças climáticas
Globalização
Unemat em Nova Xavantina sedia pesquisas sobre aquecimento global e mudanças climáticas
28/04/2008 16:06:38
por Coordenadoria de Comunicação Social

O campus da Unemat em Nova Xavantina entra no cenário mundial das discussões sobre aquecimento global e mudanças climáticas por meio da parceria com pesquisadores internacionais que integram o TROBIT–Brasil (Biomas Tropicais em Transição) que estão na região colhendo dados de campo para alimentar modelos matemáticos sobre o clima global e seus efeitos, incluindo a região amazônica. Estão sendo investigados, dentre vários outros aspectos, os níveis de produção de gás carbono e fotossíntese da vegetação, umidade dos solos e volume de raízes da árvores nas áreas de transição entre Amazônia-Cerrado, área em que situa Nova Xavantina. Espera-se que estes dados, ao alimentar novos modelos matemáticos de predição climática para a Amazônia, indiquem um aumento do regime das chuvas na região, ao contrário do que predizem os modelos tradicionais.

Os pesquisadores do Trobit contam com três professores da Unemat, que estão contribuindo de forma significativa na coleta de dados na região e no próprio Parque do Bacaba, que é uma área de preservação permanente, situado dentro do campus da universidade em Nova Xavantina. De acordo com o professor doutor Ben Hur Marimon Júnior, da Unemat, as pesquisas de campo na região devem ser concluídas em 30 dias, mas os trabalhos dos pesquisadores prosseguem com análises e redação do projeto até o final de 2009.

As pesquisas têm apontado que a Floresta Amazônica vem avançando sobre áreas do cerrado, o que implica não em uma redução da floresta, mas sim num avanço da mesma, mesmo contra o que os modelos climáticos atuais predizem. Em Mato Grosso, além da região de Nova Xavantina, também estão sendo coletados dados em Alta Floresta por meio do projeto TROBIT.

Nesse sentido, um trabalho recente da professora da Unemat, Beatriz Marimon, demonstrou que nos últimos 30 anos a floresta amazônica avançou sete quilômetrossobre o cerrado. Este trabalho foi considerado importante para que os pesquisadores do TROBIT firmassem a parceria com a Unemat. O trabalho da professora é o único, a comprovar com medições de campo, o avanço da floresta, que acaba por ser bloqueado pela expansão da fronteira agrícola.

Outras ações:

Além das contribuições que os pesquisadores da Unemat em Nova Xavantina estão dando ao projeto TROBIT, o campus também instalou recentemente parcelas permanente de pesquisa no Parque Bacaba, se tornando uma unidade permanente de projeto internacional.

O professor Ben Hur afirma que “com essas parcerias a Unemat passa a integrar as discussões mundiais sobre o aquecimento global, é importante lembrar que o palco principal dessas discussões é a Amazônia, por isso o Brasil é o centro das atenções mundiais. Mato Grosso abriga ainda a maior área de transição entre amazônia e cerrado, um ecossistema fundamental para o entendimento das mudanças climáticas e suas conseqüências na bacia amazônica e no clima global”, explica.

Com a implantação dessas parcelas permanentes de pesquisa a Unemat vem costurando um convênio com a Universidade de Edinburgo na Escócia, que é uma das mais tradicionais do mundo, para que se faça intercâmbio científico. O convênio entre as duas universidades já tem parecer favorável faltando pouco para a assinatura do mesmo, o que vai permitir a presença de doutorandos daquela instituição na Unemat e da mesma força, pesquisadores da Unemat na Escócia.

Esta é outra parceria inédita, cujos ganhos são imensuráveis para a Unemat, que sai de seu relativo isolamento para ingressar no palco dos mais recentes avanços da ciência”, avalia o professor da Unemat.  Além do mais, o programa de pós-graduação de mestrado em Ecologia e Conservação desenvolvido pela Unemat em Nova Xavantina e que começou a funcionar este ano, também ganha com o convênio graças a troca de experiências e convívio com os pesquisadores internacionais.

Também colabora efetivamente no projeto o prof. Dr Eddie Lenza, do campus de Nova Xavantina. Outros professores do campus deverão participar em etapas posteriores, como profª MSc. Clarissa Bulhão, MSc. Joaquim Manoel da Silva e MSc. Fransisco de Atahyde Filho, dentre outros.

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