A Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat, por meio do Núcleo de Estudo de Educação e Diversidade, NEED do campus de Tangará da Serra promoveu hoje, 05, na Câmara dos Deputados em Brasília um encontro entre universidades, pesquisadores, representações e estudantes indígenas de todas as regiões do Brasil para discutir o ensino superior indígena.
Na abertura a professora da Unemat Hellen Cristina de Souza apresentou um mapeamento sobre a educação superior indígena no país. Uma pesquisa, resultante de um contrato estabelecido entre a Unemat e o Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe(IESALC), órgão vinculado a Unesco. Ela pontuou que o levantamento de dados sobre a real situação de inserção de índios em cursos superiores é importante para a definição das necessidades e indicação dos rumos que se deve tomar no que se refere a educação superior indígena.
O anfitrião do encontro deputado Carlos Abicalil falou sobre o projeto lei proposto por ele que indica a criação da Universidade Federal Autônoma Indígena, com sede em Cuiabá, como uma das alternativas para garantir o ensino superior a esses povos. A proposta aprovada pela Comissão de Minorias na Câmara, tramita na Comissão de Educação e Cultura.
Na ocasião a coordenadora do campus de Tangará da Serra Ivanete Parzeanello apresentou as açoes desta unidade universitária no propósito da construção de políticas inclusivas e de respeito a diversidade pontuando as ações do NEED no que se refere o trabalho com os assentados, afro-descendentes e indígenas.
Em seguida o pró-reitor de pesquisa e Pós-graduação Laudemir Zart, representando o reitor da Unemat, Taisir Karin, relatou a relevância do trabalho da Universidade que atua no interior do estado atendendo as comunidades mais desastidas de ensino público superior. Parte desse trabalho vem sendo desenvolvido pela Instituição junto a população indígena, como é o caso do 3º Grau Indígena que oferta cursos específicos e diferenciados para professores indígenas de 33 etnias distribuídas em 13 estados brasileiros. Oferecido em regime modular os cursos possibilitam a permanência do índio em sua comunidade durante o processo de formação. Uma ação pioneira na Améria Latina que é consolidada por meio de parcerias com a Secretaria de Estado de Educação, Fundação Nacional do Índio e Prefeitura de Barra do Bugres.
Fechando a programação da manhã, uma mesa redonda reuniu o representante do Ministério de Educação, Cristiano Paiva, o advogado Vilmar Guarani e a estudante Linda Marube em discussões sobre o ensino superior.
Agora a tarde os participantes se dividiram em grupos temáticos, pontuando reflexões sobre Formação de Professores; Índios Urbanos; Bases para uma Política de Ensino Superior Indígena, e Estado Pluriétnico e Universidade Monocultural. As proposta surgidas a partir de discussões constituirão um documento de intenção a ser apresentado para a Unesco.
O encontro recebeu o apoio da Financiadora de Estudo e Projetos (Finep) do Ministério de Ciência e Tecnologia, IESALC/Unesco, Coordenação de Direito Indígena e do deputado Carlos Abicalil.
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