Professor do campus da Universidade do Estado de Mato Grosso em Cáceres expõe fotografias sobre comunidades negras rurais de Mato Grosso no 1º Encontro de Segurança Alimentar Quilombolas/MT, realizado no Auditório da Unemat em Barra do Bugres, na última semana.
Cerca de 40 imagens mostram um pouco da cultura e hábitos das comunidades negras rurais de Campina de Pedra e Capão Verde, ambas no município de Poconé. Os registros retratam a diversidade ambiental, étnica e de formas produtivas, caracterizada tanto por atividades extrativistas quanto pela presença da agroindústria. Os cliques revelam também momentos de encontros e reafirmação comunitária, como festas, igreja e escolas. “Combato a visão equivocada de que existiria homogeneidade nos quilombolas. Na prática não são sociedades fechadas. São marcadas pela heterogeneidade e também pela mestiçagem”, explica o pesquisador Antônio Eustáquio Moura.
A exposição é uma seleção das 1.500 fotografias tiradas ao longo da realização do projeto de pesquisa “História e memória: comunidades negras rurais no município de Poconé”, entre 2003 e 2006, com financiamento da Unemat. “Num futuro próximo, esse material deve constituir o acervo sobre cultura e população afro-brasileira em Mato Grosso no Museu da Universidade em Cáceres”.
O rico material é um dos frutos do projeto que, dentre outras conquistas, possibilitou uma maior visibilidade às comunidades quilombolas de Poconé. “Muitos não sabiam ao menos que essas populações existiam e os próprios moradores, muitas vezes, não conheciam os direitos dos quilombolas, garantidos na Constituição de 1988 e em Lei de 1989”.
Com a conscientização, completa o professor Moura, “essas populações podem se organizar”. A preocupação agora, explica, “é articular ações que atendam as demandas e necessidades dessa população em longo prazo, superando iniciativas pontuais, que realmente busquem o desenvolvimento sustentável regional”. Nesse sentido, no Primeiro Encontro de Segurança Alimentar foi tirada comissão para preparar as ações buscando a formação da coordenação estadual das comunidades negras rurais quilombolas de Mato Grosso.
Só na região de Poconé, existem 30 comunidades negras rurais, reunindo cerca de 600 famílias que somam 3 mil pessoas. Para o “Projeto História e Memória” foram selecionadas duas comunidades para estudo de caso, apontando dados históricos, sócio-econômicos, culturais, além de revelar sua identidade: o que fazem, como vivem e as relações sociais existentes. E, se não são comunidades fechadas, com quem e em quais momentos têm contatos e relações de trocas com outros povos não necessariamente negros. Além do professor Moura, participaram do projeto: Otávio Ribeiro Chaves e Marli Auxiliadora da Almeida.
Danielle Tavares- Coordecom/Unemat
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