O projeto e desenvolvimento do Curso de Agronomia dos Movimentos Sociais do Campo (Camosc) da Unemat será apresentado no 2º Seminário Nacional “O MST é a Pesquisa: Pesquisa e Educação Científica nas Escolas e Cursos formais do MST”, evento que está sendo realizado entre os dias 14 e 17 de março em Guararema (SP).
O seminário tem por objetivo socializar e problematizar a prática pedagógica de cursos formais do MST (ensino médio e graduação) e discutir a concepção de ciência, métodos de trabalho e de pesquisa. “É um momento de mostrarmos para fora o que estamos construindo conjuntamente no Camosc e conhecer as outras experiências vividas”, explica a coordenadora pedagógica que vai representar a instituição nesse evento, Loriege Pessoa Bitencourt.
O Curso de agronomia destinado a integrantes de movimentos sociais do campo da Unemat não é o único no País a atender esse público específico, entretanto, tem como característica diferencial: a ênfase em Agroecologia e Sócio-economia solidária.
A metodologia e a pesquisa são pensadas de forma específica. Estrutura-se em regime de alternância, dividido em tempo escola e tempo comunidade. As aulas presenciais são desenvolvidas em Cáceres e, posteriormente, os alunos retornam ao seu local de origem, onde vão aplicar o conhecimento acadêmico e, em contato com famílias assentadas, buscam perceber as verdadeiras demandas da população. “As pesquisas são estruturadas para responder às questões e potencialidades regionais, na perspectiva de uma formação integral do agrônomo técnico militante, focados na agricultura familiar de assentamentos de reforma agrária”, disse Loriege.
O Camosc vai iniciar o 5º módulo, dos 10 previstos, no dia 28 de abril. Momento da formação destinado à qualificação dos pré-projetos de pesquisa, que deve ser vinculado à realidade vivida em um assentamento. Cada acadêmico ficou responsável por 10 famílias no campo. Ao todo, são 2.178 pessoas, que integram 663 famílias atendidas. “Nesse processo, trazemos a comunidade para a universidade e, ao mesmo tempo, o saber científico é levado para o povo. A pesquisa é fruto de uma aprendizagem coletiva do educando, população envolvida e também dos movimentos sociais”.
Turma heterogênea, construída pela diferença.
A turma é composta por 62 acadêmicos vindos de 7 estados brasileiros: MT, MS, RO, GO, PR, MG, além do Distrito Federal. São representantes de quatro movimentos sociais do campo: Movimentos dos Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Pastoral da Juventude Rural (PJR), Comissão Pastoral da Terra (CPT).
O Curso de Agronomia dos Movimentos Sociais do Campo é desenvolvido pela Unemat, com apoio do Incra, Pronera e Faespe.
Mais informações, no Camosc pelo 3222-1468.
![]() |
||
![]() ![]() ![]() |
Visitas: 24859 | Impressões: 158400 | |
![]() |
30/07/2021
Transferência de Tecnologia: Chega ao mercado nova cultivar de maracujá desenvolvida pela Unemat23/07/2021
Unemat comemora 43 anos com lançamento do novo Portal22/07/2021
Unemat é parceira na produção de biopesticida para braquiária21/07/2021
Unemat realiza nova convocação para concessão de auxílios moradia e alimentação21/07/2021
Reitor empossa coordenadores de cursos de diversos câmpus21/07/2021
Unemat abre vestibular com notas do Enem dos últimos cinco anos20/07/2021
Unemat completa 43 anos de ensino superior público e gratuito20/07/2021
Unemat realiza 4ª edição do evento ‘Chuva de meteoros’19/07/2021
Unemat lamenta a morte de acadêmico de Engenharia Civil do câmpus de Sinop19/07/2021
Rodada de reuniões com as faculdades da Unemat é pautada pelo debate sobre gestão universitária