Traçar a identidade étnico-racial de cerca de 14 mil estudantes matriculados em cursos regulares da Universidade do Estado de Mato Grosso, este é o objetivo principal do projeto de pesquisa “Cores no ensino público superior em Mato Grosso: 1º censo étnico-racial da Unemat”. O trabalho que pretende se estender aos 11 Câmpusda Unemat, tem início em Alto Araguaia, com a participação de bolsistas e professores.
Inicialmente, o censo será respondido por todos os alunos dos três cursos oferecidos em Alto Araguaia: Letras, Computação e Comunicação Social. Uma primeira versão do questionário já foi aplicada, como teste, em duas turmas de Ciências Contábeis de Cáceres. “Essa amostra foi importante para testarmos o nosso instrumento de trabalho e avaliarmos, por exemplo, se as perguntas estão bem formuladas e facilmente compreendidas”, explica o coordenador do Negra (Núcleo de Estudos sobre Educação, Gênero, Relações Raciais e Alteridade), Paulo Alberto dos Santos Vieira.
Antes aplicar os questionários em Alto Araguaia, os bolsistas passaram por momentos de formação, com várias leituras sobre o tema, e etapa de sensibilização dos colegas do campus.
A acadêmica que coordena as atividades entre os bolsistas, Lucimara Pereira, conta que eles percorreram as salas de aula para apresentar o projeto, esclarecer os estudantes acerca de políticas afirmativas e, sobretudo, para falar sobre programa de cotas implantado na Unemat. “A importância deste projeto é também saber se a Universidade está cumprindo o seu papel, dando acesso a todas as classes sociais nos cursos de graduação”, pontua.
A previsão é que até março próximo a pesquisa seja concluída em Alto Araguaia. Posteriormente, será estendida a outro campus da Unemat, possivelmente Cáceres. Só depois de aplicar questionário em todos os locais onde a Universidade desenvolve cursos regulares, poderá ser traçado o perfil étnico-racial dos acadêmicos. É um trabalho extenso que exige fôlego. “A amostra de apenas um campus não dá uma visão real da totalidade da Unemat. Em cada região temos uma população muito distinta. Só na totalidade poderemos ter um perfil definido”, esclarece Paulo Alberto.
Quatro acadêmicos participam desta fase em Alto Araguaia: três são do curso de Comunicação Social, Lucimara Pereira, Rodrigo do Nascimento e Elias Campos Junior, e um de Computação, Dione Alex da Silva, orientados pelos professores Wesley Barboza Thereza e Maristela Abadia Guimarães.
O Censo étnico-racial:
O projeto “Cores no ensino público superior em Mato Grosso: 1º censo étnico-racial da Unemat” teve início em agosto de 2005, concomitantemente em Cáceres, Sinop, Tangará da Serra e Nova Xavantina. Entretanto, devido a dificuldades financeiras, e equipe responsável se concentrou para construir a amostra em apenas um local e depois expandir aos outros 10 campi.
A intenção é que todo o trabalho de levantamento de dados seja concluído em 12 meses.“A nossa hipótese é que a presença alunos de cor preta ou parda na Universidade ainda é limitada. No estado onde 54% da população se auto-declara negra, de acordo com IBGE, temos que avaliar o acesso que esse povo tem aos diferentes níveis de educação escolar”.
A Unemat reserva 25% de todas as vagas ofertadas nos cursos para alunos negros (que se considerem pretos ou pardos). O sistema de cotas- denominado PIIER- foi aprovado no dia 14 de Dezembro de 2004 por meio da Resolução 200/2004.
Danielle Tavares- Assecom/Unemat
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