Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) mostrou que as abelhas aumentam a produtividade agrícola. O trabalho avaliou as contribuições do Cerrado como habitat de suporte para abelhas polinizadoras de Girassol (Helianthus annuus L.). O artigo, publicado na Revista Científica Sociobiology, está disponível na íntegra, em inglês, aqui.
No experimento foi verificado que, na cultura do Girassol, as flores que são visitadas por abelhas produzem mais sementes. Os pesquisadores também constataram que as plantações que estão distantes da área de proteção ambiental são visitadas por menos espécies de abelhas. A pesquisadora e doutoranda em Ecologia e Conservação, Mayra Layra dos Santos Almeida destaca a importância dos habitats naturais para conservação das abelhas. “As áreas de reserva legal possuem alta diversidade de abelhas silvestres, e essas por sua vez, visitam as culturas e aumentam a produtividade.”, afirma Mayra.
O grupo de pesquisa já verificou a presença de mais de 150 espécies de abelhas nas áreas estudadas. O pesquisador José Victor Alves Ferreira, mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola, ressalta que o levantamento de espécies é o primeiro passo para entender como a diversidade de insetos pode contribuir para o aumento da produtividade agrícola. “No geral, nosso grande objetivo é compreender como as áreas de reserva legal podem contribuir para a conservação da diversidade de insetos e dos serviços ecossistêmicos prestados por esses organismos.”, ressalta José.
Incêndios são prejudiciais
O aumento dos focos de incêndios tem impacto negativo sobre as abelhas e atividades econômicas como a apicultura. Conforme aponta a professora doutora em Ciências Biológicas, Danielle Storck Tonon, o fogo representa uma grave ameaça à diversidade de abelhas. “Além de destruir os locais utilizados para a construção dos ninhos, as queimadas também destroem os recursos alimentares que garantem a sobrevivência das abelhas.”, afirma Danielle.
A pesquisadora ainda alerta sobre o risco de uma drástica diminuição na diversidade e quantidade de abelhas. “O reflexo disso poderá ser uma menor produtividade agrícola, com prejuízos também para a conservação e recuperação das florestas impactadas.”, finaliza Danielle.
Sobre o projeto “Rede BioAgro”
O projeto Rede de Biotecnologia Aplicada aos Serviços e Desserviços da Biodiversidade à Agricultura no Cerrado e na Amazônia (Bioagro) é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e coordenado pela professora doutora em Entomologia Mônica Josene Barbosa Pereira, contando com pesquisadores de diversas instituições e da própria Unemat, como o professor doutor em Biologia Tropical e Recursos Naturais Dionei José de Silva. No Instagram do projeto (@bioagro_mt) é possível acompanhar as demais atividades desenvolvidas.
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