Nesta semana professores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) lançaram a proposta “Agricultura 3T”, que propõe soluções para redução das queimadas e desmatamento na Amazônia, em congresso nacional realizado em Manaus, na Amazonas. Os professores Ben Hur Marimon Junior e Beatriz Schwantes Marimon também ministraram a palestra de abertura do Congresso de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia e da 4ª edição do Workshop de Interação ICTs & Empresas Bionorte.
O Agricultura 3T propõe dobrar a produção de soja e gado no Brasil com a adoção das tecnologias de plantio direto, integração lavoura-pecuária e agricultura de precisão. “A combinação integral ou parcial destas três tecnologias é tão poderosa para o aumento da produtividade que não temos nenhuma dúvida de que é possível produzir no Brasil alimentos para o mundo, sem queimar e sem derrubar uma árvore sequer na Amazônia”, afirmou Ben Hur.
Os pesquisadores, que desenvolvem estudos sobre vegetação e mudanças climáticas no sul da Amazônia há 25 anos, revelaram o quanto as florestas estão ameaçadas pelos efeitos combinados e potencialmente letais para as árvores nativas dos aquecimentos global e local.
Beatriz reforçou o quanto a pesquisa científica de qualidade é essencial para encontrar soluções para o meio ambiente e elogiou os pioneiros da ecologia no Brasil, como o professor James Alexander Ratter, desbravador da botânica no sul da Amazônia e no Cerrado brasileiro, pelas suas importantes contribuições à pesquisa.
Também participaram do evento outros renomados nomes da Ecologia, como os professores e pesquisadores Charles Clement e Phillip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Leandro Valle Ferreira, do Museu Paraense Emílio Goeldi.
O Congresso foi organizado pela Rede Bionorte, da qual a Unemat é um dos 68 Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) que a compõem. A Rede Bionorte objetiva difundir a ideia de que a tecnologia pode e deve encontrar caminhos para a solução de problemas ambientais com geração de renda por meio do empreendedorismo tecnológico para o uso sustentável da biodiversidade Amazônica. Participaram do evento alunos e professores de Mato Grosso e dos outros estados da Amazônia Legal.
O congresso, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), encerra nessa sexta-feira (8). Durante o evento foram realizados simpósios, mesas-redondas, minicursos, apresentação de trabalhos e rodada de negócios, que fortaleceram os ICTs dos nove estados da Amazônia Legal que compõem a Rede e seu programa de doutorado.
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