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Pela primeira vez, Faculdade Intercultural Indígena da Unemat elege seu diretor
FAINDI
Pela primeira vez, Faculdade Intercultural Indígena da Unemat elege seu diretor
31/07/2019 18:59:45
por Hemilia Maia
Foto por: Waldineia Alcântara

A professora Mônica Cidele da Cruz foi eleita diretora da Faculdade Intercultural Indígena (Faindi) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) nesta quarta-feira (31). A votação ocorreu entre às 9h e às 17h no câmpus da Unemat, em Barra do Bugres. A professora, única candidata ao cargo, recebeu 111 votos favoráveis. Votaram 114 eleitores entre professores e alunos da Faindi.  

É a primeira vez que a Faculdade Intercultural Indígena terá um diretor eleito. Desde sua fundação em 2001, os diretores foram indicados pelos reitores da Universidade. Mônica toma posse na próxima segunda-feira (5) para uma gestão de dois anos.

Mônica foi encorajada a se candidatar pelos colegas e disse ter recebido grande incentivo do atual diretor, Adailton Alves da Silva, que deixa a Faindi para assumir a coordenação do Mestrado Intercultural Indígena. “A ideia é continuar as lutas do Adailton. Aqui na Faindi trabalhamos sempre em equipe. É verdade que cada gestor tem um perfil, mas adianto que não serei diretora sozinha”, disse a professora eleita. Mônica reforça que deseja dar celeridade as demandas da Faculdade e que irá buscar, por meio de parcerias, recursos externos a Unemat para a Faindi.  

O aluno do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, Marcilio Tsame Tserenhi’Omo, da etnia Xavante, disse ter votado a favor da candidata por acreditar que ela possa contribuir e melhorar as condições da Faindi. Suas impressões são motivadas pela atuação da candidata como professora. “Desde o começo da etapa a Mônica sempre foi participativa e sempre nos incentivou”, declarou o acadêmico.

Professor da Faindi desde 2001, Wellington Quintino, acredita que essa eleição seja prenúncio de melhorias. “Senti muita emoção em votar neste momento que considero histórico para a Faculdade Intercultural Indígena”, contou Quintino.

A proposta de trabalho de Mônica traz 22 tópicos, entre eles, a criação de grupos de pesquisa em rede com Instituições de Ensino Superior, nacionais e estrangeiras, que atuam com o ensino superior indígena; articulação de parcerias com outras instituições como Institutos Federais, Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) de Barra do Bugres, Centro de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação Básica (Cefapro) e Secretaria de Estado de Educação (Seduc); propiciar a formação social e político-pedagógica dos acadêmicos em parceria com entidades governamentais e não governamentais que atendam ao perfil dos povos indígenas e estabelecer ações cooperadas com os demais cursos de graduação da Unemat.

Mônica Cruz é doutora em Linguística, professora da Unemat desde 1998, atua na Linha de Pesquisa “Documentação e Descrição de Línguas Indígenas”, e desde 2014, ocupa a função de Coordenadora Pedagógica do curso de Licenciatura Intercultural da Faindi.   

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