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Estudantes de Jornalismo participam de aula de campo em aldeia indígena
JORNALISMO NA ALDEIA
Estudantes de Jornalismo participam de aula de campo em aldeia indígena
03/06/2019 17:35:45
por Comunicação (NUCCOM/Unemat Tangará)
Foto por: Unemat Tangará da Serra

O total de 45 estudantes do curso de Jornalismo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), câmpus de Tangará da Serra, vivenciaram uma experiência no contato com os indígenas pareci da aldeia do Formoso, Campo Novo do Parecis, nesse último domingo (02/06). O objetivo do “Jornalismo na aldeia” foi gerar um intercâmbio de saberes e vivências, por meio da interação e produção de ensaios fotográficos e vídeo documentários.

O início se deu às 7h30, quando estudantes e professores se reuniram para discutir o plano de trabalho a ser feito e fazer o embarque. E depois, com a partida à aldeia pareci do Formoso, localizada no km 80 da rodovia MT-358, onde os futuros jornalistas desenvolveram entrevistas, fotografias e gravações das 10 às 15h30. 

A escolha da aldeia se deu nas aulas da disciplina de Antropologia e Comunicação, após um estudo sobre a identidade dos povos indígenas. A aldeia Pareci do Formoso é uma das mais antigas na região, catalogada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) desde a década de 1980. A área da aldeia conta com outros seis núcleos menores, num total de mais de 350 famílias.

Segundo o professor e um dos responsáveis pela atividade, Lawrenberg Silva, a visita dos estudantes reforça o compromisso da Unemat em gerar uma formação humana e identificada com as principais causas sociais, sendo a defesa da cultura dos povos indígenas uma delas.

“A participação dos alunos constitui um passo significativo da Universidade pública de Mato Grosso e do curso de Jornalismo no que consideramos ser uma formação humanística e inclusiva. Uma formação engajada nos principais problemas que afetam a sociedade brasileira, de modo a ouvir e dialogar com os mais variados grupos. Nesse sentido, a ida a aldeia pareci vem para confirmar tudo isso, mostrando que o lugar de ensino e da atuação em Jornalismo é na aldeia também”.

Durante a realização da atividade, os estudantes conheceram a cultura indígena local, onde moram mais de 250 indígenas, em sete ocas. Lá, eles interagiram com indígenas, conhecendo a história da etnia da tribo pareci, mas principalmente como é o seu cotidiano, do nascimento, casamento, alimentação aos esportes e festejos.

Uma vivência que permitiu aos estudantes verificar na prática o que é aprendido em sala.  É o que relata a estudante Yesa Maria, do segundo semestre de Jornalismo, quando ressalta ter descontruído antigos estereótipos. “Vi nessa atividade o quanto o que aprendemos em sala é importante para nos ajudar a entender a vida na comunidade indígena e a derrubar estereótipos e preconceitos dos índios no Brasil”, analisou a estudante, ao final da atividade.

Outra estudante que se mostrou satisfeita com a atividade foi Ellen Carrard, do terceiro semestre. Ela esteve envolvida nas gravações de um documentário na atividade, onde gravou entrevista com alguns moradores e o pajé. “Podia montar um livro para descrever tudo que eu senti. Estou extremamente grata por ter passado por essa experiência. Conhecer a cultura de perto só me ensinou mais que o respeito é tudo. É um povo, é uma cultura linda”.

A intenção é de que da atividade resulte documentários, ensaios fotográficos e reportagens e, acima de tudo, uma nova percepção entre os estudantes e sociedade sobre o lugar dos indígenas na sociedade brasileira.

A atividade foi coordenada pelos professores Lawrenberg Silva e Iuri Gomes.

 

 

 

 

 

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