A acadêmica Milene Alves do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), câmpus de Nova Xavantina, soluciona a questão das sementes de diversas espécies de árvores do Xingu que não germinavam. O resultado do estudo foi apresentado durante evento no Parque Indígena do Xingu (PIX) em comemoração aos 10 anos da Rede de Sementes do Xingu (RSX). O encontro ocorreu do dia 26 a 30 de julho, com a presença de mais de 300 pessoas, entre coletores indígenas e não-indígenas, parceiros e financiadores para propor estratégias futuras para as ações da rede. Durante o evento foram realizadas oficinas, palestras e apresentações.
A RSX coleta e comercializa mais de 250 espécies de sementes de árvores nativas da região Xingu-Araguaia, que são utilizadas para plantio em áreas degradadas, principalmente em fazendas do entorno do PIX. A rede, que conta com mais de 420 coletores de 17 municípios, enfrentava problemas com sementes de diversas espécies de árvores que não germinavam, como a embaúba. Para compreender os motivos, professores e alunos do Laboratório de Ecologia Vegetal (Labev) do câmpus de Nova Xavantina estão ajudando a RSX a solucionar estes problemas através da pesquisa científica, como a da aluna Milene Alves.
Sob a coordenação da professora Beatriz Schwantes Marimon, doutora em Ecologia e docente do câmpus de Nova Xavantina, Milene pesquisou durante um ano até descobrir que o método de armazenamento das sementes adotado pelos coletores estava correto, mas a época de coleta das sementes, não. "As sementes estavam sendo coletadas ainda imaturas e, por conta disso, os testes de emergência, tipo de procedimento para testar a germinação das sementes, resultaram em 0% de germinação", explicou a acadêmica.
Durante a apresentação, a estudante expôs imagens de frutos e sementes de embaúba nos diferentes estágios de amadurecimento e explicou detalhadamente sobre qual deve ser a aparência do fruto e das sementes na época correta de coleta. A professora Beatriz comemora o resultado, destacando a importância das pesquisas acadêmicas para solucionar problemas práticos. “Estudos como esse contribuem para que a universidade esteja mais presente no cotidiano da população. E a partir da geração de conhecimentos que a academia proporciona podemos ajudar a trazer soluções práticas”, afirma.
A Unemat é parceira da Rede de Sementes do Xingu desde 2010 e contribui com a produção de material didático, treinamento dos coletores e realização de testes de qualidade de sementes em laboratório no câmpus de Nova Xavantina.
Para saber mais sobre a RSX, acesse: http://sementesdoxingu.org.br
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