Apesar do cultivo de plantas modificadas vir sempre acompanhado de polêmicas o professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) Eduardo Oenning, doutor em Engenharia de Produção, já constatou em suas pesquisas que os consumidores mato-grossenses, por exemplo, não se importam em consumir óleo feito de soja transgênica.
Neste caso o estudo foi realizado com 200 consumidores escolhidos aleatoriamente com idade superior a 18 anos, em vias públicas, próximo a supermercados do centro da cidade e praças de Cuiabá com grande volume de pessoas na cidade de Cuiabá-MT. Todos os participantes entrevistados eram consumidores de óleo de soja.
Segundo Oenning a soja é uma cultura cultivada especialmente na região Centro-Oeste do Brasil, sendo uma das atividades que mais movimenta o setor econômico em virtude do menor preço e da alta disponibilidade no mercado interno. "O óleo é o subproduto mais consumido e, devido à grande concorrência existente entre as empresas na indústria de alimentos, a diferenciação dos produtos é de grande importância para garantir destaque econômico às empresas deste segmento", justificou o professor.
Oenning afirmou ainda que neste sentido, a presença de características visuais de um produto e o estudo sobre a preferência de consumo é de grande interesse para a literatura e para estruturação de estratégias de marketing. Ao avaliar os atributos da embalagem do óleo de soja em uma de suas pesquisas ele concluiu que o atributo de maior importância relativa foi a informação nutricional (42,04%), seguido por formato da embalagem (28,60%), marca (15,70%) e tipo de soja, se transgênica ou não transgênica (13,66%).
Depois dessa constatação, o professor vem avaliando em seus novos estudos se os consumidores mato-grossense simplesmente não se importam em consumir produtos feitos de soja transgênica ou se não sabem distinguir o tipo da soja por meio do símbolo presente nos rótulos.
O principal consumidor da soja transgênica brasileira exportada é o mercado Chinês, mas o mercado mundial não é muito receptivo ao produto. A maioria dos países europeus e asiáticos não compram as safras com medos de danos biológicos.
A consultoria Céleres, especializada na análise do agronegócio brasileiro, divulgou recentemente a previsão de ótimos índices de produtividade para a safra 2016/17 nas três culturas analisadas: soja, milho e algodão. Para a safra o produtor mato-grossense aproveitou os aspectos climáticos favoráveis e aprimorou ainda mais seu manejo investindo em elevados níveis tecnológicos, o que inclui a adoção de sementes transgênicas.
Segundo o terceiro e último levantamento de adoção da biotecnologia agrícola no Brasil a Céleres ainda apontou que a área com cultivares transgênicas de soja atingiu 32,7 milhões de hectares (3,9% superior à safra 2015/16) ou 96,5% do total semeado.
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30/07/2021
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