Os prejuízos na safra 2004/2005 da soja em Mato Grosso – algo em torno de US$ 900 milhões - apontados recentemente pelo secretário de Desenvolvimento Rural do Estado em decorrência do avanço da ferrugem asiática, são confirmados em dados da pesquisa desenvolvida por Maricília Conceição Arruda - coordenadora do consórcio de MT no projeto de estratégias biotecnológicas aplicadas no desenvolvimento de resistência à ferrugem asiática e professora da Unemat no campus universitário de Cáceres.
Uma rede de instituições executoras, entre elas a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Federal de Goiás (UFG) e uma equipe de pesquisadores altamente qualificada compõem o projeto. O objetivo é produzir avanços na produção de conhecimentos relacionados ao combate do fungo da ferrugem asiática no Estado, maior produtor de soja do País, que acumula prejuízos econômicos e ambientais.
De acordo com a pesquisadora, a soja é uma das principais commodities mundiais e seus grãos originam produtos e subprodutos utilizados pela agroindústria, indústria química e de alimentos com demanda mundial superior a 180 milhões de toneladas.
"O Brasil é o segundo maior produtor de soja, atrás apenas dos Estados Unidos. A safra brasileira de 2003/4 produziu cerca de 50 milhões de toneladas do grão. Os principais estados produtores concentram-se nas regiões Centro-Oeste (24,8 milhões de toneladas) e Sul (16,4 milhões de toneladas). Apesar do aumento de 14% na área plantada, a seca ocorrida durante o cultivo e a expansão do fungo contribuíram com a redução da última safra", comentou.
Segundo ela, a identificação do fungo na fase inicial ainda é uma dificuldade para técnicos e agricultores. Os prejuízos provocados pelo fungo chegam a US$ 1,9 bilhão: perda de produtividade e altos gastos com fungicida e sua aplicação, são os principais problemas. A perda de grãos representa cerca 50% dos prejuízos (US$ 1 bilhão) e as principais regiões afetadas são os Estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, com perdas superiores a 20% dos grãos produzidos.
"Um percentual que pode aumentar nas próximas safras, caso não haja um sistema de controle eficiente. Nos casos mais severos, há relatos de perdas equivalentes a 70% da produção", alerta a pesquisadora.
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30/07/2021
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