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Unemat apresenta orçamento a Assembleia e deputados propõem Frente Parlamentar


A Universidade do Estado de Mato apresentou os dados do seu orçamento e a forma como os recursos são geridos na Instituição à Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (2) durante audiência pública convocada pelo deputado Sebastião Rezende. Ao final das discussões os parlamentares decidiram instalar nos próximos dias, a Frente Parlamentar pela Unemat. O objetivo é fazer com que a presença da instituição de ensino seja fortalecida nos Câmpusjá existentes para só depois ser ampliada às localidades que a aguardam, como Cuiabá e Rondonópolis.



Os deputados presentes à audiência, Sebastião Rezende, Baiano Filho e José Carlos do Pátio, foram unânimes em defender a união de esforços para encontrar uma saída com vistas ao fortalecimento da universidade. Ainda segundo eles, o governador Pedro Taques está aberto à discussão e quer estudar uma proposta para toda a universidade, e não apenas para algumas unidades. “Nosso objetivo (com a audiência) é o de esclarecer, efetivamente, sobre a instalação da Unemat em Rondonópolis e Cuiabá, em 2016, e vimos que a possibilidade é remota. Isso é uma frustração, mas vamos sair daqui com essa proposta de criar uma frente parlamentar para discutir a Unemat e efetivamente ver esse sonho se concretizar”, disse Rezende.



A reitora da Unemat, Ana Maria Di Renzo, disse que foi importante a aprovação da Emenda Constitucional nº 66, aprovada em 2013, que definiu  a aplicação de recursos com aumento gradual até alcançar 2,5% da receita corrente líquida em 2018. Segundo ela, “a  PEC foi e é importante para a manutenção da universidade”. A emenda prevê que, para o exercício de 2016, sejam aplicados, no mínimo, 2,3% da receita corrente líquida na manutenção e desenvolvimento da universidade. Entre as metas que foram estabelecidas quando da aprovação da PEC, estão a instalação da Unemat em Cuiabá e Rondonópolis.  Porém, de acordo com a reitora, os recursos não suportam o custeio de duas novas unidades. “O que impede a Unemat de cumprir o compromisso de abrir os Câmpusde Rondonópolis e Cuiabá são as condições orçamentárias. Não temos condições financeiras de vir para Cuiabá e ir para Rondonópolis”, assegurou a reitora.



Para a reitora é importante defender a Unemat e deixar claro que a instituição não é onerosa, em face à resposta social que dá. Segundo ela, o número de alunos saltou de 12 mil em 2010 para 22 mil em 2016. Desses, cerca de 15 mil estão no ensino presencial, mais de 5 mil no ensino a distância, 732 em cursos fora da sede em diversos municípios e 98 no ensino indígena.  As vagas ofertadas são 35% para alunos de escolas públicas, 25% para acadêmicos optantes das cotas étnico-raciais e 40% para a ampla concorrência.  As principais necessidades são salas de aula, acervo bibliográfico, laboratórios, redes tecnológicas e áreas experimentais. “São carências de coisas essenciais para uma universidade como a nossa”. Em Alta Floresta, por exemplo, não há condições de instalar novos aparelhos de ar-condicionado porque a rede elétrica não suporta.



 A reitora lembrou que, em unidades do interior, ainda se trabalha em prédios emprestados. Ela lembrou que em média, um curso regular presencial para ser implantado custa em média R$ 5 milhões por ano, além da estrutura física necessária. Ela ressaltou que internamente a Unemat vem discutindo o seu planejamento estratégico e tentando se reorganizar na forma de oferta de cursos para a sociedade. Com o orçamento atual,  Di Renzo classificou duas prioridades: a primeira, de infraestrutura, e a segunda, reestruturação administrativa.



O debate aconteceu no Plenário das Deliberações “Deputado Renê Barbour”. Compuseram a mesa Sebastião Rezende, Baiano Filho e José Carlos do Pátio, deputados;  Ana Maria Di Renzo, reitora da Unemat;  Ariel  Lopes Torres,  vice-reitor;  Vera Maquea, pró-reitora de Ensino e Graduação; Alexandre  Gonçalves  Porto, pró-reitor de Extensão e Cultura; Francisco Ledo dos Santos, pró-reitor de Planejamento e Tecnologia de Informação; Valter Danzer, pró-reitor de Administração, e Ezequiel Nunes Pacheco, pró-reitor de Gestão Financeira.  


Por: Lygia Lima/Unemat e Maria Tezolin/AL