Num movimento de reflexão sobre a trajetória dos programas de mestrado e doutorado da instituição, a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Estado de Mato Grosso realizou nos últimos dias 28 e 29 o “V Workshop de Pós-Graduação”. A ação reuniu em Cuiabá coordenadores, vice-coordenadores, secretários e diretores dos Câmpusque abrigam os 12 programas stricto sensu de pós-graduação da Unemat.A atividade foi financiada pelo edital eventos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso.

“Estamos aqui para pensar juntos os programas de pós-graduação da universidade. Nosso objetivo é consolidá-los e nos propomos a discutir as questões macro que estão envolvidas nesse processo.” Com essa direção, a professora Áurea Regina, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unemat, abriu a reunião.Em seguida, foi montada uma mesa de autoridades, composta por representantes da Unemat e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso, Fapemat.

A pró-reitora de Ensino de Graduação da Unemat, Ana Di Renzo, também  pontuou os rumos do debate que ocorreria durante o encontro. Ela destacou o crescimento dos programas de pós-graduação da instituição, dado que “nos responsabiliza ainda mais socialmente porque a sociedade espera de nós os benefícios deste trabalho de pesquisa.” Falou ainda da indissociável relação entre graduação e pós-graduação. “A verticalização do conhecimento tem que se refletir também na melhoria da graduação. O que faz uma instituição ser forte é esta interação, na qual a extensão também está presente.”

Discussões do primeiro dia

Abrindo os trabalhos, Lívia Mondin, coordenadora de Popularização da Ciência da Fapemat, apresentou dados sobre o recebimento de bolsas da fundação pelas instituições de Ensino Superior do Estado, inclusive pela Unemat. Em seguida, a professora Áurea Regina tratou das políticas de pós-graduação da universidade. A pró-reitora frisou que é meta institucional que os mestrados existentes se desmembrem em programas de doutorado. Como Ana Di Renzo, observou que os programas de pós-graduação precisam estar alinhados às linhas de pesquisa das graduações. Finalizou sua apresentação salientando que a consolidação dos programas exige um grande esforço por parte da instituição. “Consolidar é bem mais difícil do que criar os mestrados e doutorados.”

O diretor técnico científico da Fapemat, Adnauer Daltro, privilegiou em sua fala a necessidade de qualificação e planejamento das demandas de mestrado e doutorado do Estado, pontuando ainda que os resultados científicos dessas iniciativas nem sempre são levadas ao grande público. “Precisamos mostrar para a sociedade os produtos da investigação de Mato Grosso.”

Ainda foram apresentadas no primeiro dia direções sobre o Programa Pró-equipamentos, o exame de Proficiência em Línguas e vários outros procedimentos de administração e divulgação dos programas de pós-graduação.

Discussões do segundo dia

Fernando Malange, coordenador do Comitê de Ética da Unemat, começou as discussões do dia 29 discorrendo sobre os riscos e benefícios das pesquisas e sobre o papel do comitê em atestar a eticidade das investigações. Os trabalhos prosseguiram com a apresentação dos coordenadores e vice-coordenadores de seus programas de pós-graduação.Foram abordados tópicos como a composição do corpo docente, as ações em desenvolvimento, as ações futuras, as linhas de pesquisa e os pontos nos quais os programas pretendem se aprimorar.

A pró-reitora Áurea fechou a mesa de trabalho reafirmando que “fazer ciência não é fácil e fazer ciência no interior do Brasil é menos fácil ainda. Estamos mostrando que o stricto sensu está se fortalecendo na Unemat e isso nos assegura o status de universidade.” Os próximos programas de mestrado a submeterem propostas de doutorado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (Capes) são os de Ciências Ambientais e Ecologia e Conservação. “Temos problemas e questões a melhorar, mas nos valemos da massa crítica de nossos professores para possibilitar este avanço.”