A 1ª Jornada Científica da Unemat discutiu na manhã desta terça-feira, em uma mesa-redonda, o tema Cooperação Interinstitucional. A professora drª. Cecília Hedin Pereira explica que por meio dessa cooperação entre instituições foi viabilizado um Procad que permitiu a implantação do laboratório de neurotoxicologia que está em funcionamento na cidade universitária, em Cáceres.

O Procad viabilizado pela UFRJ, UFPR, Unemat, por meio da CAPES “Determinação de candidatos celulares e moleculares envolvidos na resposta neural por substâncias tóxicas”, visa realizar pesquisas na área do Pantanal, com animais silvestres e dessa forma identificar por meio de análises dos organismos os níveis de contaminação.

A professora Cecília Hedin explica que o laboratório estruturado na Unemat é fruto da união de três laboratórios de especialidades diferentes, sendo eles: laboratório de toxicologia, laboratório de neurociências e laboratório de ecologia. “Esse laboratório vai servir de base para a realização de novos estudos e nosso objetivo é estender essa cooperação já existente também para redes internacionais com países como a Espanha e o Japão que tem interesses em realizar estudos comparativos”, diz. Pesquisadores da Espanha estudam a contaminação no rio Ebro e no Japão, estudam a contaminação da Bacia do Minamatra, região que na década de 50 sofreu um desastre industrial por mercúrio”.

O Programa de Cooperação Acadêmica (Procad) entre a UFRJ, UFPR e Unemat foi firmado em 2005 e entrou em funcionamento em 2006 e deve continuar até março de 2010, permitindo o intercâmbio de pesquisas e trocas de conhecimento. A professora drª. Áurea Regina Ignácio, chefe do laboratório de neurotoxicologia da Unemat, lembra que a cooperação entre as instituições acelerou os estudos e tem permitido várias pesquisas com animais silvestres do Pantanal.

“O Mato Grosso tem o histórico de garimpos onde a contaminação de mercúrio é bastante intensa além dos processos naturais e com o laboratório podemos analisar os efeitos dessas contaminações nos animais silvestres e ainda identificar os níveis de contaminação”, afirma a professora Áurea. 

Além da cooperação entre a UFRJ, UFPR e Unemat a mesa-redonda na 1ª Jornada Científica também discutiu a cooperação entre Unicamp e Unemat e também a cooperação entre UFMT, Unemat e Instituição de Ensino Superior da Amazônia.