Pesquisadores da área de linguagem da Unemat e de outras instituições de ensino superior do Brasil e acadêmicos seguem discutindo “Escrita, fronteira e diversidade: a produção lingüística em Mato Grosso”, em evento produzido pelo Centro de Estudos e Pesquisa em Linguagem da Unemat (CEPEL). O encontro acontece no Colégio das Irmãs, no centro de Cáceres e conta com cerca de 150 participantes.

A diretora do Instituto de Linguagem e uma das organizadoras da Jornada, professora Ana di Renzo, afirma que a participação dos acadêmicos no evento surpreendeu os organizadores. “Esse é um evento científico, em que estamos priorizando discussões temáticas e por isso mesmo não temos pretensões de termos um grande público, mas temos percebido que o interesse dos acadêmicos tem crescido”, afirma. A professora lembra que em muitas instituições os acadêmicos buscam espaços para atuarem como voluntários em projetos de pesquisa, enquanto que na Unemat ainda é preciso sensibilizar o acadêmico para ser bolsista ou voluntário em projetos de iniciação científica.

De acordo com Ana di Renzo, o Cepel é um centro novo, mas que reúne 40 professores não apenas dos cursos de letras e Comunicação Social, mas de outras áreas como História, Pedagogia, que têm na linguagem um objeto de estudo. “Esse é um número expressivo e temos trabalho com uma interlocução bastante diversificada dentro do grupo”, afirma.

O reitor da Unemat, Taisir Karim, que na tarde desta terça esteve participando da II Jornada do Cepel, afirmou que o trabalho dos professores da linguagem tem sido muito importante para a instituição. “O trabalho do Cepel é denso e vem surtindo resultados importantes, pois além de priorizar a área de Letras, que é um dos primeiros cursos da Unemat, também fortalece o trabalho que vem sendo feito para que a instituição tenha o seu mestrado institucional na área, além do doutorado em lingüística que está sendo realizado em parceria com a Unicamp”. Afirma.

Programação:

Nesta quarta-feira (30) acontece a conferência “A diversidade lingüística e o risco de sua perda: diglossia e referenciação na comunidade de fala Xerente (Jê), a mesa redonda: “Línguas Indígenas”. No período vespertino serão realizadas as mesas redondas: “Literatura e Sintaxe: do que a língua é capaz?” e “Língua, História e Memória” e ainda a conferência: “Condições e perspectivas do ensino em Mato Grosso”.