O prefeito de Sinop, Nilson Leitão, participou da abertura da IV Semana de
Eventos Econômicos que está sendo realizada pelo 5º semestre do curso de Ciências
Econômicas da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Sinop, de 14 a 16 de novembro.
A temática do evento é levantar discussões de políticas públicas para amenizar os
efeitos da crise, pois segundo o coordenador do campus da Unemat, Almeri Carlos
Bampi, o curso tem obrigação de buscar uma saída, seja ela a curto, médio ou longo
prazos.
Por estar ocupando um cargo público nos últimos sete anos, Leitão foi convidado para
falar sobre a administração municipal, como a crise está afetando a cidade e como
está sendo tratada.
O prefeito procurou conscientizar os acadêmicos de que a crise não é com os outros e
sim com todos. Para ele, a crise está sendo desencadeada por todo o país e Sinop, em
específico, já passou por situações piores, como a BR 163, quando a comida só
chegada no Município de avião e a energia a motor.
“O povo que veio para cá veio com vontade de crescer e bastou vir a 163 e a energia
para a cidade crescer. Economicamente, Sinop é hoje a Cidade que mais cresceu nos
últimos oito anos”, ponderou Leitão.
De forma mais prática e menos teórica, o prefeito procurou explicar as formas de
arrecadação do Município e os percentuais a que são destinados. O prestador de
serviço ou profissional liberal foi posto como principal contribuinte para a
arrecadação municipal. Outro ponto ressaltado foi a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e as dificuldades em que implica na má distribuição e aplicação dos recursos públicos.
Num plano geral, foi falado que a crise não é apenas por um motivo. Baseado na
madeira e na flutuação do câmbio, a questão ambiental foi posta como motivo crônico
e de empecilho por parte do Governo Federal e também do Estadual, o que tem
refletindo, especificamente, na economia local.
Segundo Leitão, a baixa do dólar influenciou não apenas no setor madeireiro como
também no agrícola. “Como grande parte da produção local de compensados e cerca de
90% da soja produzida no Mato Grosso é destinada à exportação, os reflexos da
variação cambial são muito grotescos. Os contratos foram fechados com o dólar a
R$2,60 e hoje estão sendo obrigados a serem cumpridos pelo valor de R$2,17”,
explicou ele.
A questão de recursos captados para investimentos em melhorias e alternativa para
driblar a crise também foi bastante explicada aos acadêmicos.
A Semana de Eventos Econômicos é realizada semestralmente pela Unemat com a intenção de discutir as crises, um problema que sempre aconteceu na economia. O evento
contará com seminários e palestras e está previsto para ser encerrado hoje (16.11).