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Universidade da Alemanha seleciona pesquisa sobre língua alemã com descendentes de imigrantes
A pesquisadora desenvolverá o projeto de pesquisa na Universidade de Augsburgo em 2021


Uma pesquisa  da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está analisando o falar da língua de imigração alemã no município de Sinop, no Norte do Estado.



Intitulada ‘Nos confins do Brasil, o que resta da língua de imigração alemã entre os descendentes de alemães em Mato Grosso’, a pesquisa é de autoria da professora Neusa Inês Philippsen, que recentemente foi aprovada para realização de pós-doutorado com bolsa na Universidade de Ausburgo, na Alemanha.



Neusa é professora do curso de Letras da Unemat em Sinop, além do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) e do Programa de Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras). A pesquisadora também é coordenadora do projeto Diversidade e Variação Linguística em Mato Grosso (Divalimt).



O estudo busca mostrar se há permanência ou não da língua no município e como se encontra a competência linguística dos falantes de duas faixas etárias: doze de 18 a 30 anos e doze acima de 50 anos. Os 24 participantes da pesquisa foram entrevistados e também participaram de um questionário sobre o vocabulário alemão.



“Este registro também deve ser feito aqui na Região Amazônica, mostrando que aqui também existem falantes da língua de imigração alemã”, explica a pesquisadora Neusa Philipsen. “Nós temos aqui, no Norte de Mato Grosso, migrantes que vieram dos estados do Sul do Brasil para cá na década de 1970 e trouxeram a língua alemã junto”, disse Neusa.



Há um motivo para que a pesquisa seja realizada em duas faixas etárias distintas. “Há estudos que mostram que a língua está sendo cada vez menos falada pelos jovens, e dentro de pouco tempo ela pode deixar de existir, de ser falada aqui em nosso território”, afirma a pesquisadora.



A bolsa é concedida pelo programa Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD, em alemão Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão). Com a aprovação, a pesquisadora desenvolverá o projeto de pesquisa na Universidade de Augsburgo em 2021


Por: Nataniel Zanferrari