Matéria publicada no site “O Livre” destaca que Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) pode destinar parte de seu orçamento para financiar um estudo que revelará o número de contaminados pelo novo coronavírus no estado, mais próximo do real. A pesquisa deve criar um raio-x da epidemia provocada pela Covid-19 e seria feita por amostragem.
De acordo com o veículo de comunicação, a ideia é fazer um inquérito de soroprevalência no Estado, realizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em conjunto com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Um empenho de pesquisa que custaria em torno de R$ 6 milhões, conforme estimou a doutora Ana Claudia Pereira Trettel, virologista, epidemiologista e professora-adjunta da Unemat.

Segundo ela, a proposta das universidades é fazer o inquérito epidemiológico em sete cidades polos: Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Tangará da Serra, Barra do Garças e Sinop.
Se o trabalho fosse limitado a estas cidades, o custo da pesquisa ficaria na casa dos R$ 700 mil. Com a possibilidade de um financiamento vindo da Assembleia Legislativa, a pesquisadora garante: “as duas universidades têm expertise e profissionais que podem, em conjunto, realizar a pesquisa. O que não temos são os recursos para fazer a aquisição dos equipamentos de proteção individual e os insumos laboratoriais para poder fazer a testagem”.
Resultado da pesquisa ajudaria autoridades a definir medidas mais eficazes de combate ao contágio e a liberar comunidades que estão mais à salvo do vírus.
PARA QUE SERVE A PESQUISA?
Ana Trettel explica que as informações colhidas no inquérito epidemiológico vão dar uma real noção de quanto o vírus se espalhou pelo Estado, o que permitiria ações de combate mais efetivas. “A proposta inicial era fazer três ondas, para saber se subiu ou desceu a infecção. E, a partir disso, a Secretaria de Estado de Saúde poderia organizar ações mais restritivas ou, talvez, ações que pudessem ir liberando determinadas regiões”.
Sobre o valor a ser investido, ela lembra que a principal variável é o preço dos testes – que custa em média R$ 200 por pessoa. Outros fatores que pesam no orçamento são: transporte, deslocamento das equipes e insumos laboratoriais.
Para Lúdio Cabral o inquérito de soroprevalência é importante porque vai apontar para um número real de infectados, o que permitirá conhecer a evolução da curva de contágio. “Se conseguirmos realizar o inquérito de soroprevalência em Mato Grosso, conseguiremos saber com antecedência quando a epidemia atingirá o pico e começará a descida. Com isso, as medidas de combate à covid podem ser tomadas com base em projeções mais precisas”, ele pontua.
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