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Unemat participa de congresso internacional de línguas indígenas


De 1º a 4 de outubro, professores e acadêmicos da Faculdade Intercultural Indígena (Faindi) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) participarão, em Brasília, do “II Congresso Internacional de revitalização de línguas indígenas e Minorizadas”.



Os acadêmicos da Faindi aprovaram 24 trabalhos no Congresso promovido pela Universidade de Brasília (UnB). Esses acadêmicos representam os povos indígenas Apiaká, Arara, Bakairi, Bororo, Chiquitano, Cinta Larga, Juruna, Kalapalo, Kayabi, Kayapó, Manoki, Munduruku, Myky, Nambikwara, Rikbaktsa, Tapirapé, Terena, Waurá e Xavante.



O evento conta com o reconhecimento das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) com a parceria de diferentes instituições nacionais de ensino, dentre elas, a Unemat, pioneira na oferta de formação de professores indígenas, em nível superior que já formou 450 professores e especializou 140 deles.



A coordenadora Mônica Cidele da Cruz e a professora Waldinéia Antunes de Alcântara Ferreira, ambas da Faindi, e o professor Wellington Pedrosa Quintino do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da Unemat discutirão a “Revitalização de Línguas Indígenas em Mato Grosso” no formato simpósio.



Membros e parceiros da agência das Nações Unidas (ONU) comemoram, em 2019, o Ano Internacional das Línguas Indígenas para alertar que grande parte dessas línguas faladas por povos indígenas continuarão a desaparecer em um ritmo alarmante se medidas apropriadas para tratar o problema não forem tomadas.  



Durante o evento que se estende até o dia 6 de outubro também será realizado o I Encontro Internacional sobre diversidade linguística indígena: Troca de experiências e estratégias de salvaguarda.



De acordo com a Unesco, para os povos indígenas as línguas não apenas identificam sua origem ou participação em uma comunidade, mas também carregam os valores éticos de seus ancestrais e os sistemas de conhecimento indígena que tornam, cada um deles, uma unidade com a terra e são cruciais para sua sobrevivência e para as esperanças e aspirações de sua juventude.



 


Por: Hemilia Maia