Unemat realiza a Semana da Consciência Negra em parceira com movimentos sociais

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), através do Centro de Referência em Direitos Humanos Professora Lúcia Gonçalves (CRDH-PLG) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Étnico-Raciais (Geprer), em parceria com o Grupo de Cultura e Dança Afro-Escola, realizam de (26) a quinta-feira (29) a Semana da Consciência Negra, com o tema ‘Perspectivas da população afro-brasileira na conjuntura de perda de direitos’.

De acordo com a coordenadora do CRDH-PLG, professora Edir Almeida, a Semana da Consciência Negra traduz o compromisso da Universidade e dos movimentos sociais. “É o compromisso de problematizar, refletir e, ao mesmo tempo, fortalecer a luta pela igualdade étnico-racial em Cáceres e em Mato Grosso”, explica Edir.

Em 2018 o Brasil comemora 130 anos de libertação dos escravos e os organizadores do evento prepararam uma exposição de fotografias das comunidades de quilombo de Mato Grosso, registros do professor Antonio Moura, cientista social, aposentado recentemente, que doou para a Unemat este precioso material imagético que narra o cotidiano dos povos de quilombo. O acervo fotográfico conta com mais de 100 peças, referentes ao período de 10 anos de trabalho em quilombos de Mato Grosso.

Além da exposição de fotografias, que acontecerá no Museu de Humanidade Alaíde Montecchi (Mham) na Cidade Universitária de Cáceres, a Semana da Consciência Negra contará com rodas de conversa, mesas de debates, danças, sessão de cinema e painéis que abordarão de diferentes maneiras e linguagens a questão negra em Mato Grosso e no Brasil.

A coordenadora do Geprer, professora Mazeh Silva, afirma a importância da parceria. “Nós do Geprer já temos um longo trabalho de luta contra o racismo e de afirmação da cultura, história e memória do povo negro em Cáceres, através de ações pedagógicas nas escolas. Agora, poder contar com a parceria do Centro de Direitos Humanos da Unemat, tem fortalecido nosso trabalho em defesa da igualdade racial”, disse Mazeh.

A coordenadora do evento, professora Edna Sampaio, chama a atenção para a década dos afro-descendentes (2015-2024) e, tendo em vista o cenário político, a importância de iniciativas como essas, de parceria entre Universidade, educação básica e movimentos sociais, para fazer avançar a luta por igualdade étnico-racial.

A participação é gratuita, basta fazer a inscrição na abertura do evento, amanhã, terça-feira (27), às 19 horas, na Escola Estadual Doutor José Rodrigues Fontes. A carga horária da atividade é de 16 horas.

PROGRMAÇÃO

Segunda-feira, 26 de novembro