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Whorkshop discute os desafios para atração e fixação de doutores na região
Prof. Rômulo Simões fala sobre desafios da pesquisa e pós-graduação na Amazônia


O 7º Workshop de Gestão da Pós-graduação Stricto Sensu da Unemat (Geposs) abriu espaço para a discussão sobre diferenças regionais no desenvolvimento e financiamento da ciência e tecnologia no Brasil. A palestra “Desafios da Pesquisa e Pós-graduação na Amazônia”, com o consultor prof. Rômulo Simões Angélica, pró-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), apresentou o caso de sucesso da implantação e consolidação de mais de 80 programas naquela instituição.



Na discussão sobre as assimetrias e políticas para a região Norte e Centro Oeste, que inclui estados como Mato Grosso e Pará, onde o sistema de pós-graduação ainda não está consolidado, dois pontos são fundamentais: a atração e fixação de doutores no local. Para o professor, é preciso formar doutores, mas também fixá-los. “Esses dois pontos são inter-relacionados. Como estimular a abertura de novos cursos de pós-graduação se a região não possui professores doutores para atuar neles?”, disse o professor.



O desenvolvimento da região está associado à existência de recursos humanos qualificados. “Quando chega a uma universidade que não tem estrutura de pós-graduação, ele não vai querer ficar. Às vezes um professor até vem para o interior, mas logo quer voltar para o seu estado ou ir para o câmpus na capital. Isso é uma realidade muito forte na nossa instituição”, explicou Rômulo. Para que permaneçam, seria necessário melhorar o sistema de pós-graduação. 



A relação entre esses dois pontos é também alvo de discussão permanente na Capes, principal órgão de fomento e regulação no Brasil. Nesse sentido, a Coordenação criou uma comissão para estimular políticas específicas para a região Norte. “Já tem algumas ações para indução, como programas em rede e edital Pró-Capes. São políticas específicas para esta região, porque de outra forma não teríamos esse desenvolvimento”.



Apesar dos desafios, o Brasil ficou em 13º lugar em produção científica, no período compreendido entre 2012 a 2016. “O desenvolvimento da pesquisa, ciência e tecnologia, no país, está muito relacionado à pós-graduação. Um dos principais indicadores da qualidade da pesquisa é o de publicação e produção científica”.



Após apresentação do panorama do sistema de pós-graduação no Brasil, foram trazidos exemplos do programa de publicação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e do sistema de Programa de Iniciação Científica (Pibic), que tem relação forte com o sistema de pós-graduação.



“Para nós, é muito interessante trazer um profissional que conhece bem os desafios para a atração e fixação de doutores para programas fora do eixo sudeste-sul. Vamos fazer o exercício de olhar nossos programas, nossas métricas, para ver como podemos pensar em algo parecido com o que eles fizeram lá”, disse o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Unemat, Rodrigo Zanin. 



7º Geposs- O 7º Workshop de Gestão da Pós-graduação Stricto Sensu da Unemat (Geposs) teve início nessa quarta-feira (21.03) e segue até sexta (23), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O evento é um espaço para que a Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) discuta, junto aos programas de mestrado e doutorado, assuntos administrativos, planejamento e política para a área.



O site do evento, com a programação completa, pode ser acessado em: https://sites.google.com/unemat.br/geposs/p%C3%A1gina-inicial 



 



 



 



 


Por: Danielle Tavares