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Professores da Unemat participam de evento sobre canola no Rio Grande do Sul


Seis professores do curso de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) participaram do workshop de abertura do Projeto ‘Estratégias de manejo associadas a respostas ecofisiológicas da canola em lavouras brasileiras’, realizado no dia 27 de maio, no Centro Nacional de Pesquisa de Pesquisa em Trigo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.



Durante o evento, os professores Astor Nied, Roberto Martinez, Marcio Magalhães, Ronicely da Rocha e Marinez Stieler, do Campus de Tangará da Serra, e a professora Eletisanda das Neves, do Campus de Nova Mutum, assistiram palestras, trocaram informações e experiências sobre a cultura da canola e discutiram as prioridades para as pesquisas sobre o seu cultivo.



Liderado por pesquisadores do Centro de Pesquisas de Produtos de Trigo da Embrapa, o projeto reúne várias instituições, como a Unemat, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (Iffar), a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), com o intuito de desenvolver e indicar soluções técnico-científicas que melhorem o desempenho agronômico da canola em lavouras brasileiras, em vários locais do Brasil.



 



A cultura da canola



O interesse pelo cultivo da canola está associado à alta qualidade do óleo para a dieta humana, superior em comparação com os óleos vegetais mais consumidos no Brasil, soja e milho, devido à melhor razão entre os ácidos graxos ômega 6 e ômega 3, que estão relacionados com a redução do colesterol.



Segundo dados da Embrapa Trigo, o óleo de canola possui potencial para a produção de biocombustíveis, e o alto teor proteico do farelo (entre 33,3% e 37,3%) permite ainda o uso para a alimentação animal.



No estado de Mato Grosso, produtores rurais da região de Chapada dos Parecis já experimentam a cultura da canola em suas lavouras, na busca por mais uma opção para a rotação de culturas e para a diversificação de renda.



Com o registro de novas cultivares de canola no estado de Minas Gerais, mais adaptadas ao clima tropical, com o zoneamento de risco climático para os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul e com o aumento das pesquisas sobre o cultivo de canola em regiões tropicais, espera-se que nos próximos anos aconteça com a cultura da canola algo semelhante ao que aconteceu com a soja, com a ampliação de seu cultivo para a região do Cerrado brasileiro.



 



As pesquisas com canola em Mato Grosso



Com a parceria entre a Embrapa e a Unemat, serão estudadas em Mato Grosso as respostas dos cultivares de canola às condições de solo, clima e altitude, bem como os melhores arranjos de plantas, os tratos culturais e da necessidade da irrigação. A ideia é a de viabilizar, no futuro, o cultivo de canola na segunda safra como uma opção economicamente rentável para o agricultor do Estado, dentro de um sistema de rotação de culturas e de redução dos riscos de produção.



Além da parceria com a Embrapa Trigo, a Unemat também possui uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para o estudo do cultivo de oleaginosas para a produção de biocombustíveis, com a aprovação pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Centro Interdisciplinar em Biocombustíveis (Cieb), coordenado pela UFMT. Com os recursos do projeto Cieb-Finep e com o apoio da Unemat, foi possível a participação da equipe de professores unematianos no evento promovido pela Embrapa Trigo.


Por: Nataniel Zanferrari