A proposta central de interdisciplinaridade unida a uma metodologia diferenciada na aplicação de técnicas e conceitos que envolvam professores e alunos à comunidade e priorize o desenvolvimento de atividades direcionadas ao pequeno agricultor e aos segmentos excluídos da sociedade. Assim pode ser definido o Programa de Ciências Agro-ambientais (PCAA) da Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat.
São essas as particularidades que garantiram a inclusão do Programa no documento emitido pelo gabinete do governo estadual ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
“Apoio na consolidação de programas regionais de formação superior desenvolvidos pela Unemat, como o Programa de Ciências Agro-ambientais, que objetiva formar profissionais preparados para o trabalho com o produtor familiar”, diz o documento do executivo estadual.
Origem
O Programa foi concebido por um grupo de professores do Campus Universitário de Alta Floresta, na década de 90. Aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) foi implantado em 2001 nos Câmpusde Alta Floresta, Cáceres, Tangará da Serra e Pontes e Lacerda, nos cursos de Agronomia, Biologia, Engenharia Florestal e Zootecnia.
Sua metodologia tem o objetivo de fortalecer o corpo docente e discente da Universidade a partir da formação de grupos de pesquisa.
Na prática, formam-se Grupos de Aprendizagem, Ensino e Extensão (GAIE's) responsáveis pela definição dos temas de acordo com as problemáticas prioritárias da região. Estes são trabalhados numa visão interdisciplinar pelos Grupos de Aprendizagem (GA's). No fim de cada semestre é organizado um seminário onde os alunos apresentam o resultado dos trabalhos à comunidade.
“A primeira barreira surge quando o aluno percebe que o aprendizado não vai ficar restrito a sala de aula. Culturalmente não fomos educados dessa forma”, comenta o diretor do Instituto de Ciências Naturais e Tecnológicas, Antônio Malheiros.
Segundo ele, a Universidade demonstra audácia ao buscar uma alternativa abrangente e interativa de aplicar o tripé ensino, pesquisa e extensão e reconhece que o processo ainda se dá de forma fragmentada nas universidades.
O programa dá início ao seu terceiro ano com projetos submetidos ao Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) do MCT e também ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
“Isso fortalece e consolida os grupos de pesquisa. O Programa de Ciências Agro-ambientais vai dar uma resposta positiva e necessária aos desafios de uma nova práxis pedagógica: pensar efetivamente no sujeito como parte integrante do meio”.
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