A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) abordou as temáticas “Recursos pesqueiros e suas implicações socioeconômicas” e “Sensoriamento remoto orbital no monitoramento do uso do solo” durante a 16ª edição da Semana Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), em Cuiabá.
O professor Claumir Cesar Muniz falou para cerca de 200 alunos sobre os recursos pesqueiros e suas implicações socioeconômicas. Doutor em Ecologia e Recursos Naturais, Claumir é professor da Faculdade de Ciências Agrárias e Biológicas (Facab) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unemat em Cáceres, além de coordenador do Laboratório de Ictiologia do Pantanal Norte (Lipan) e do Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua).
A aluna Ana Priscila da Costa tem 13 anos e estuda no 8º ano da Escola Estadual Dante Martins de Oliveira, em Várzea Grande. Ela disse ter aprendido muito com a palestra do professor Claumir Muniz. “Foi bom ouvir muitas informações novas sobre peixes e a nossa natureza. Eu não sabia que precisava ter carteirinha para pescar, nem das consequências de não tê-la”, contou Ana que se divertiu com a dinâmica de contagem de peixes proposta pelo professor. “Foi muito difícil! Ninguém conseguiu!”, contou a aluna, dando risada.
O professor Claumir Muniz procurou difundir que os recursos pesqueiros podem ser trabalhados dentro da temática de Ciência e Tecnologia e enfatizou a importância socioeconômica de geração de renda, emprego e inclusão social. “Hoje lidamos com a questão de agregar valor ao pescado e buscar tecnologias para definir capacidade de suporte para pesca. O pescado também tem tudo a ver com recursos hídricos, uma vez que é necessário ter córregos e rios com água de qualidade”, explicou Claumir Muniz.
Já o professor do curso de Geografia, Carlos Antonio da Silva Junior, realizou a oficina 'Sensoriamento remoto orbital no monitoramento do uso do solo' para cerca de 40 alunos do Ensino Médio. Carlos é doutor em Agronomia e atua como professor da Faculdade de Educação e Linguagem (Fael) em Sinop, do ProfÁgua e do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Agrossistemas Amazônicos (PPGBioAgro), além de coordenar o Laboratório de Geotecnologia Aplicada em Agricultura e Floresta (Gaaf) e do Projeto Soja Maps.
Gabriel Nakano, 16 anos, do 2º ano da Escola Estadual José Leite de Moraes de Várzea Grande, participou da oficina e contou ter achado tudo muito interessante. “Tem coisas que eu nem sabia que podiam ser monitoradas quase em tempo real, com delay de 15 horas. Também achei legal saber os locais que estão sendo desmatados, queimados ou que tem plantação de soja”, falou Gabriel.
“A ciência, a tecnologia e a inovação são o motor de tudo o que vivemos na atualidade, o que inclui o desenvolvimento e aperfeiçoamento de satélites e sensores, seja no campo ou no espaço. A importância do monitoramento do uso do solo com técnicas de sensoriamento remoto utilizando sensores orbitais se faz cada vez mais necessária, pois a partir de então passamos a conhecer nossos territórios e mensurar a alteração da paisagem ocasionada pelo homem”, explicou o professor Carlos Junior.
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