Abordagens sobre as Águas de Mato Grosso, distribuídas nas bacias do Prata, Araguaia-Tocantins e Amazônica, reuniram na última sexta-feira durante atividades do Festival Ecológico e Cultural da Águas de Mato Grosso, no município de Alta Floresta, estudos e experiências em torno da constatação da necessidade de conservação de recursos hídricos para a garantia de qualidade da vida e preservação das espécies.
A experiência registrada ao longo da história de povoamento do estado de Tocantins no que se refere a relação do homem com o rio Tocantins e seu principal afluente o rio Araguaia foi um dos focos das discussões apresentadas pelo professor da Universidade Federal do Tocantins José Gerley de Castro. O pesquisador fez uma abordagem histórica a cerca do movimento separatista do Estado que teve inicio em 1722 quando os paulistas descobriram ouro na região, o que resultou em todo num movimento de luta da população em prol de melhoria da qualidade de vida , até os dias atuais, após a criação em 1988 do estado de Tocantins.
Segundo ele, as populações que justificaram a criação do estado foram esquecidas , pois as políticas implantadas na região geram impactos desfavoráveis ao meio ambiente, e as condições de vida.
“ O governo investe 70 % do que arrecada em infra-estrutura viária, na malha asfáltica, em ferrovia. Está se planejando a hidrovia Araguaia /Tocantins e mais cinco usinas hidrelétricas, além da promoção em grande escala da monocultura. Enquanto as mulheres do bico do papagaio que trabalha na produção de cocos e babaçus, os indígenas, as populações de ribeirinhos e pescadores não tem chance. São como os chamados estrangeiros, pessoas que não podem dar palpite a cerca do destino do próprio estado”, observa o pesquisador.
A situação geográfica de Tocantins, posicionado no centro do Brasil, que possibilita a ligação do norte e sul e do leste e oeste do país é um dos fatores que tem sido aproveitado para implementar a economia do estado. Segundo o professor os índices econômicos estão aumentando consideravelmente, no entanto as atividades geradoras de exportação preocupam por causar grandes impactos ambientais em particular no que se refere aos recursos hídricos. “São 100 milhões de dólares em exportação puxados principalmente pela soja e pelo boi. O que tem causado impactos enormes sobre o sistema aquático” alerta Gerley .
O pesquisador destacou o papel do festival das águas por possibilitar a socialização de experiências diversas, abrangendo não apenas realidade encontrada no Estado de Mato Grosso, mas criando um espaço de discussão e propostas que envolvem a dinâmica da vida em torno das três maiores bacias hidrográficas brasileiras.
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