A partir da próxima semana a Câmara de Vereadores de Tangará da Serra vai sediar discussões sobre o “Potencial Agrícola Natural de Mato Grosso e a Necessidade Inovação”. O evento é promovido pelo campus da Universidade do Estado de Mato Grosso em Barra do Bugres com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemat) e acontecerá no período de 01 a 03 de outubro. Os interessados em participar não tem necessidade de se inscrever, somente para os que desejarem certificados será cobrada uma taxa de R$ 15,00.
Durante os três dias de evento serão realizadas conferências temáticas, mesas-redondas, palestras com profissionais de diferentes visões e atuações na grande área da agricultura sobre temas como: “Concepções de agricultura e as práticas alternativas”, “Sustentabilidade econômica e ecológica: conflito ou necessidade de inovação das práticas”, “Políticas de investimentos estaduais e federais para a agricultura numa visão ampliada” e o “Papel da universidade com a sociedade: experiência em extensão rural”.
A comissão organizadora lembra que as discussões se justificam pela necessidade de pensar a prática agrícola consolidada no estado que privilegia a monocultura em detrimento do cultivo de outras plantas que vão deixando de existir ou encontram-se ameaçadas de extinção, sem que sejam conhecidas ou divulgadas suas potencialidades. Entre essas plantas tem-se a poaia exemplo típico dessa relação do homem com a agricultura local originária desenvolvida em Mato Grosso, especialmente na região de Cáceres, Barra do Bugres e Tangará da Serra. Atualmente, dados indicam que há uma grande demanda de produção da poaia com bom potencial de venda cujo quilo da raiz gira em torno de R$ 40,00 a R$ 100,00, muito superior ao quilo da soja, por exemplo.
Outra justificativa para o evento é que o senso comum de agricultura monocultural também acaba influenciando no uso da terra em quintais e hortas. “As famílias teriam ganho econômico e de qualidade de vida se passassem a cultivar produtos em seus quintais em vez de comprá-los”, justificam os organizadores.
Com o evento espera-se que seja ampliada a concepção de agricultura pelos diferentes segmentos da sociedade, que se perceba a necessidade de valorizar as potencialidades agrícolas de plantas nativas do Estado, promovendo com isso o conhecimento, incentivo e inovação de uso e práticas agrícolas. As discussões também querem contribuir para a divulgação e difusão de potencialidades das plantas cultivadas na agricultura doméstica, socializar as políticas públicas voltadas para a agricultura e contribuir para o processo de reeducação quanto ao uso e práticas agrícolas desenvolvidas no. Estado.
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