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Escola Santos Dumont visita Museu da Unemat em Cáceres
Exposição Xaray
Escola Santos Dumont visita Museu da Unemat em Cáceres
15/05/2009 16:03:56
por Coordenadoria de Comunicação Social

Alunos e professores da Escola Municipal Santos Dumont, de Cáceres, tiveram uma aula diferente nesta sexta-feira (15). Todas das turmas da escola estiveram visitando o Museu de Arqueologia, Etnografia e Espeoleologia da Unemat e puderam saber mais da história e modo de vida dos índios Xarayés, que habitavam o pantanal de Cáceres antes da chegada dos portugueses e ainda saber um pouco mais sobre cavernas de Mato Grosso e sobre os ecossistemas e a teoria evolucionista de Charles Darwin.

A visita dos alunos foi acompanhada por acadêmicos de turismo que passaram por um treinamento e estão atuando como monitores da exposição “O doméstico e o ritual no universo Xaray – uma viagem arqueológica ao Pantanal da pré-história tardia”, que pode ser visitada em horário comercial, de segunda às sextas-feiras no Museu da Unemat, na Cidade Universitária.

A professora Nice de Arruda Rodrigues, que esteve acompanhando os alunos da 3ª série do ensino fundamental da Escola Santos Dumont, ressaltou a importância da visita. “Foi uma experiência muito gratificante, os alunos puderam aprender sobre muitas coisas diferentes. Tudo o que vimos e aprendemos aqui vai enriquecer o nosso conhecimento, não só dos alunos, mas também o meu”. A professora lembrou também que na visita os alunos podem visualizar objetos, e aprender mais sobre a cultura por meio dos painéis. “O que vimos aqui vai acabar sendo muito utilizado na sala de aula como forma de complementar o ensino e aprendizagem”, finalizou.

A aluna Luana da Conceição Barreto, 9 anos, resumiu: “achei muito interessante a forma como as crianças eram enterradas. Também aprendi muito com os painéis”. Para Aparecida Gabrielle Mendes, 11 anos, o que mais chamou a atenção foi também a forma como os índios xarayés faziam os rituais fúnebres. “Achei interessante. Eu nunca tinha visto ossos de gente, aprendi sobre os potes de cerâmica e a forma como eles enterravam, além de outras coisas”. A aluna Ariane Cristina Souza da Cruz, disse que a aula no museu foi muito melhor do que em sala de aula. “Aqui a gente pode  ver como era de verdade, na escola a gente fica imaginando”.

A professora Jane Antunes Magalhães, professora da 2ª série do Ensino Fundamental da Escola Santos Dumont, também destacou a importância da exposição contar com monitores. “Esta é a nossa primeira visita com os alunos ao museu neste ano, e o fato de ter monitores facilita muito o entendimento das crianças, porque eles sabem explicar melhor do que a gente sobre aquele assunto”.

Os acadêmicos de Turismo da Unemat, que estão atuando como monitores, Ricardo Vanini e Franciely Cristina Lente dos Santos, também estão gostando da experiência de monitoria na exposição. Ricardo Vanini afirmou que essa atividade vai ajudá-lo inclusive profissionalmente. “Eu quero trabalhar com o turismo do patrimônio histórico-cultural porque entendo que é importante conhecer sobre o nosso passado e valorizar nossa cultura. Essa exposição é uma oportunidade de conhecermos mais sobre nossa história, até porque os índios xarayés foram extintos, mas deixaram inúmeros vestígios da sua presença e modo de vida. Muitas dessas peças foram retiradas de sítios arqueológicos que estão na área urbana de Cáceres (bairros Cavalhada e Carne Seca) que vão servir para sensibilizar as pessoas e permitir que elas conheçam sua história”.

Exposição:

A exposição: “O doméstico e o ritual no universo Xaray: uma viagem arqueológica ao Pantanal da pré-história tardia” pode ser visitada por qualquer pessoa durante a semana e em horário comercial sem prévio agendamento. As escolas que desejarem levar seus alunos devem agendar a visitação para que os grupos de monitores se preparem para recebê-los.

Quem visita a exposição encontrará uma grande variedade de peças de uso cotidiano e também de uso ritual dos Xarayés. Além do mais, todo o acervo conta com banners ilustrativos e explicativos que permitem ao visitante entender como e qual utilização era dada a cada uma das peças a mostra.

Acervo:

Para que a exposição fosse montada a curadora da exposição, professora drª. Maria Clara Migliacio, recolheu a título de empréstimo várias peças que estão guardadas em outras instituições como o Instituto Homem Brasileiro, Museu Histórico de Cáceres, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphafan), Museu Histórico do Estado de Mato Grosso, Museu Rondon (UFMT) e Museu da Unemat.  Maria Clara lembra que essas peças são oriundas de Cáceres, de pesquisas realizadas na região, mas que estão sob a guarda dessas instituições e que agora a população tem a oportunidade de visitar e conhecer.

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