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Idosos rejuvenescem em projeto de extensão da Unemat em Cáceres
Comunidade Feliz
Idosos rejuvenescem em projeto de extensão da Unemat em Cáceres
11/08/2008 17:27:23
por Coordenadoria de Comunicação Social

Revirar a terra para plantar é uma das maiores alegrias da vida de dona Maria Conceição Santos, 60 anos. Ela é uma dos integrantes do projeto de extensão da Unemat “Comunidade Feliz”, executado em parceria com a Escola Cenecista em Cáceres, que é a idealizadora do mesmo. O projeto que neste ano completa quatro anos atende cerca de 60 idosos, com aulas de educação física e também com uma horta comunitária.

Os idosos que participam do projeto são da região da Cavalhada, e participam de aulas de Educação Física, ministradas pelo professor Roberval Pizano e bolsistas do curso de Educação Física três vezes por semana, e aos sábados eles trabalham na horta comunitária cuja a produção é dividida entre eles. A horta comunitária tem a coordenação do professor Santino Seabra e bolsistas do curso de Agronomia do campus Jane Vanini.

“Fiquei sabendo do projeto pelo meu filho, e me apaixonei pelo projeto. As aulas de educação física me ajudam muito, afinal eu melhorei 100% das dores da coluna. Na horta o que eu mais gosto é de plantar e ver que aquela sementinha vai crescer e vamos colher. É uma delícia participar da horta”, afirma dona Maria Conceição Santos.

Angelina Rosa da Silva Cruz, 76 anos, afirma: “no dia que não posso vir na horta fico muito triste. Aqui é maravilhoso, fiz novos amigos, e gosto de trabalhar com horta, me lembra o tempo que morava no sitio”, diz.

Para o seu Antonio Borges Santana, 54 anos, que participa do projeto desde o primeiro ano o trabalho feito pela Unemat e Escola Cenecista mudou sua vida. “Fiz muitos amigos aqui no projeto, aprendi muitas coisas. Gosto muito de trabalhar com a horta, porque em casa não tinha espaço, agora posso plantar e colher”, afirma.

“Desde que entrei no projeto há um mês já estou me sentindo bem melhor, tenho participado das aulas de educação física e também da horta. Acho que rejuvenesci, me sinto como se tivesse 15 anos”, afirma sorridente a dona Maria José Amorim, de 60 anos.

Além dos idosos os bolsistas que atuam no projeto também se sentem gratificados. A acadêmica Mônica Bartira da Silva, do quarto semestre de agronomia afirma que tem aprendido muito com a convivência com os idosos. “O que a gente vê na teoria, eles sabem na prática. É muito gratificante”, diz. Lucilene da Silva Castro, que é do primeiro semestre de agronomia, ficou encantada com o projeto na sua primeira visita. “Gostei muito e vou participar como voluntária para poder aprender”, afirmou.

O professor Santino Seabra, explica que nem todos os idosos participam da horta e das aulas de educação física, mas a presença deles no projeto é muito gratificante. “É uma troca, a gente aprende coisas com eles e podemos ajudá-los também”, afirma. Na horta, além das tradicionais hortaliças como couve, brócolis, repolho e também são cultivadas hortaliças não convencionais ricas em proteínas como a taioba, bertalha, ora-pro-nobis, que também é conhecida por “carne dos pobres” devido ao alto teor protéico.

“O projeto tem três frentes, o departamento de agronomia e de educação física, e ainda a escola Cenecista, que é quem financia o projeto comprando mudas, providenciando os materiais necessários sejam para as aulas de educação física, seja para a horta. Além disso, antes dos idosos trabalharem na horta aos sábados, eles recebem um café da manhã preparado pela escola”, afirma o professor Santino. A professora e idealizadora do Comunidade Feliz, Edineuza Maria Benevides, da Escola CNEC, explica que a escola é uma instituição nacional e tem frentes de atendimento a comunidade, e que o projeto foi montado há quatro anos, e ainda no primeiro ano, a Unemat entrou como parceira.

O professor de educação física Roberval Pizano, explica que as aulas estão sendo realizadas três vezes por semana há cerca de um ano e conta com a participação de 55 idosos. “A nossa meta é promover a socialização dos idosos, melhorar as capacidades funcionais, além de resgatar a auto-estima dos participantes do projeto”, explica. 

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