Uma nova turma de professores indígenas pode ingressar ainda esse ano no Projeto do Terceiro Grau Indígena da Unemat. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (01) em Barra do Bugres durante uma reunião com os acadêmicos no campus da universidade, o reitor da Unemat, Taisir Karim, a secretária estadual de Educação, Ana Carla Muniz e o coordenador do Terceiro Grau Indígena, Elias Januário.
A abertura da terceira turma de acadêmicos indígenas será para suprir toda a demanda existente de professores índios da rede estadual de ensino sem curso superior. A secretária estadual enfatizou que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação prevê que estados e municípios qualifiquem seu quadro docente com o ensino superior. “O estado estará cumprindo com a sua obrigação e os prefeitos devem fazer o mesmo com nas escolas indígenas municipais”.
A data para a realização do vestibular para atender a demanda da rede estadual no projeto que é pioneiro no país e na América Latina ainda não tem data para acontecer visto que o convênio entre a Seduc e a Unemat precisa ser formalizado.
Durante a reunião também foi discutidos critérios para a realização do concurso público para suprir 80 vagas para professores indígenas no Estado. O reitor Taisir Karim ressaltou que a realização do concurso é a coroação do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Unemat em conjunto com os demais parceiros do projeto. “A Unemat gosta de enfrentar desafios e essa é a diferença da Universidade. O Terceiro Grau Indígena demonstra que Mato Grosso tem políticas alternativas”, afirmou.
De acordo com o reitor além da concretização de um sonho com a formatura da primeira turma de professores indígenas do país, a Unemat tem também outro sonho maior, o de ter um curso regular de graduação para índios.
O coordenador do projeto Terceiro Grau Indígena, Elias Januário, lembrou durante a reunião esse é o primeiro curso específico da América do Sul e conta com 44 povos de 37 línguas faladas. “O Terceiro Grau Indígena é motivo de honra e orgulho e um exemplo de que as parcerias dão certo”.
Elias Januário lembrou que foi a partir do projeto encampado pela Unemat que outros estados brasileiros passaram a abrir universidades indígenas. Atualmente seis universidades indígenas já estão funcionando no Brasil.
Lygia Lima - Assessoria Unemat
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