A professora de Zootecnia, Maria Aparecida Pereira Pierangeli, foi diagnosticada com câncer de mama, em 2004. Segundo ela, o autoexame e o diagnóstico precoce foram determinantes para um tratamento adequado e para cura da doença.
À época, ela tinha acabado de se mudar de Minas Gerais para Mato Grosso. Estava na Unemat em Pontes e Lacerda, contratada como professora visitante do curso de Zootecnia. Após assistir uma palestra no dia das mães, ficou sensibilizada para a necessidade de se tocar. A seguir, o relato dos meses de luta vividos por Maria Aparecida.
Sempre senti meus seios doloridos. Mas nunca imaginei que pudesse ter câncer de mama. Chegando em casa, fiz o autoexame conforme o médico palestrante havia ensinado e senti algo estranho, não um caroço exatamente, mas algo parecido. Vai no médico? Não vai? E se for câncer? Como fazer para tratar aqui no interior de MT? Ainda mais sem plano de saúde, recém-contratada, longe de casa, com dois filhos pequenos. Várias dúvidas e, a esperança: não há de ser nada!
Bom, enfim, fui ao médico aqui mesmo, que pediu um ultrassom que apontou a presença dos nódulos difusos na mama. Depois veio a mamografia para confirmação (tinha que ser em Cáceres) e, aproveitando uma das reuniões para elaborar a proposta de mestrado em Ciências Ambientais, fui fazer o ultrassom na hora do almoço
E o médico foi de uma sensibilidade tão grande que na hora me falou “não perca tempo. Seu nódulo tem todas as características de câncer de mama, vamos já coletar amostras para biópsia e enviar para o laboratório. E não espere o laboratório enviar o resultado, busque, e já vai atrás do tratamento”. A partir daí foi só a correria: confirmação do diagnóstico e tratamento.
Resumindo, fiz uma quadranctomia (retirada parcial da mama). Ao voltar para retirar os pontos, o médico disse que tinha que retirar a mama toda, pois o câncer estava todo disseminado pelo tecido mamário. Depois dessa cirurgia, fiz a quimioterapia e radioterapia. Foram nove meses de luta.
Vi várias colegas pacientes morrerem de câncer de mama. Nas consultas ou na quimioterapia era sempre a expectativa de saber quem encontraríamos, ou não. Fiz todo tratamento pelo SUS, no Hospital de Câncer de Mato Grosso, em Cuiabá.
Durante o tratamento, continuei com as atividades na Unemat, só me ausentando quando era estritamente necessário. Penso que continuar trabalhando, com o apoio dos colegas de trabalho e alunos, durante o período foi fundamental para eu ter forças e fazer o tratamento, com todas as dificuldades em função das distâncias.
Desde então, anualmente faço acompanhamento e, nunca mais tive nada relacionado ao câncer, por isso estou aqui contando minha história e alertando para o cuidado com nossa saúde!
Dez anos depois que eu tive o câncer de mama, meu marido morreu de câncer de fígado, que só foi diagnosticado já em estado avançado, sem chance de cura. Quem sabe se tivesse o diagnóstico precoce ele não estaria aqui?
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