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Unemat implanta sistema de cotas para Negros
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Medida visa ampliar a política de democratização do acesso ao ensino superior
Unemat implanta sistema de cotas para Negros
21/12/2004 10:49:01
por Coordenadoria de Comunicação Social

A Universidade do Estado de Mato Grosso, Unemat adota, a partir da próxima edição do vestibular, o sistema de cotas para estudantes negros. Segundo resolução do último Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade, 25% do total das vagas oferecidas pela Instituição em cursos regulares, turmas especiais e projetos de formação de professores com exceção do Terceiro Grau Indígena serão destinadas a estudantes negros que indicarem a opção pelas cotas.

O projeto apresentado pela Comissão para Elaboração do Programa Institucional Cores e Saberes (CEPICS), indica que o percentual de 25 % não inclui os candidatos a cota classificados pelo sistema regular.

“Caso um estudante optante pelo sistema de cotas seja classificado no limite das vagas ofertadas no curso para o qual prestou vestibular, ele não se beneficiará do sistema, pois independentemente da existência das cotas, ele já se tornaria universitário” explica o presidente da CEPICS, Paulo Alberto Vieira.

A resolução conjunta dos membros representativos de todos os segmentos da Unemat reafirma, segundo o reitor Taisir Karim, o comprometimento da Universidade em promover políticas inclusivas.

Segundo ele, ações neste sentido vem sendo promovidas pela Instituição há anos com a oportunização do acesso a ensino superior à comunidades desassistidas. Ele exemplifica como políticas afirmativas o desenvolvimento de projetos de formação de professores como Parceladas que há 12 anos possibilita a formação em nível superior a professores de todas as regiões do estado, destacando também o curso de Pedagogia para Educadores da Reforma Agrária concluído em 2003, além do Projeto de Formação de Professores Indígenas, 3º Grau Indígena, que atende de modo específico e diferenciado 200 indígenas de 23 etnias de Mato Grosso e 10 de outros estados da federação realizando neste ano, o segundo vestibular com 100 novas vagas.

“Cotas para negros só foi mais um passo para democratização das oportunidades de acesso a universidade” afirma Karim.



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