A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) promoveu na noite de sexta-feira (4) a 3ª edição da Mostra de Estudos e Materiais da Língua Brasileira de Sinais (Libras), no Campus Universitário Jane Vanini, em Cáceres.
A organização do evento foi de responsabilidade da professora Andrea dos Santos Leite, com os cursos de Pedagogia e Letras, e em parceria com a Escola Estadual Natalino Ferreira Mendes. A Língua Brasileira de Sinais é a língua gestual usada pela maioria dos surdos brasileiros e reconhecida pela Lei. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal se utiliza uma língua de sinais diferente, a Língua Gestual Portuguesa (LGP).
“Hoje estamos a Libras apresentando aos alunos dos cursos de Pedagogia e de Letras da Unemat. Eles estão treinando, com o objetivo de apresentar de conhecerem como funciona e como ensinar a Libras, para eles terem este conhecimento de como se usa a Libras, para que esses alunos, lá no futuro, saibam como ensinar as crianças surdas, se eles encontrarem essas crianças na sala de aula”, explica Andreia. “Eles estão apresentando aqui os materiais pedagógicos que ajudarão estes alunos a entender e compreender as diferenças entre a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais”, afirma a professora.
Libras
O antigo Instituto dos Surdos-Mudos, hoje Instituto Nacional da Educação de Surdos (Ines) foi a primeira escola para surdos no Brasil, fundada em 1857, e teve como primeira denominação o nome Colégio Nacional para Surdos-Mudos. Foi a partir dele, com a mistura da antiga língua de sinais brasileira com a língua de sinais francesa, que nasceu a Língua Brasileira de Sinais. Por ser a única instituição para surdos no país e no continente, o Ines foi muito procurado por brasileiros e estrangeiros, virando referência na educação, socialização e profissionalização de surdos. Mas foi apenas no fim do Século XX que os movimentos se intensificaram querendo a oficialização da Libras. Em 1993, o projeto de lei entrou na longa batalha para a regulamentação da Libras no país. Apenas no ano de 2002 a Língua Brasileira de Sinais foi oficialmente reconhecida e aceita como segunda língua oficial brasileira, através da Lei Nº 10.436/2002.
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