Na poesia de Marli Walker Giachini encontra-se, pois, representa a grande qualidade dos processos colonizadores:o Eu e o Outro se unem num único destino. Aqui, de volta ao caos original, o sujeito elide sua condição de indivíduo e amalgama-se ao destino das coisas, cujo lamento é também um lamento humano. O sentimento nunca tem dono certo, é dor compartilhada. Trata-se do dom da artista, nas duas acepções: seu talento para erguer a voz e sua generosidade para doá-la a quem não pode gritar seu sofrimento e sua revolta.
Ano de publicação: 2006
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